O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC) faz durante toda esta semana, trabalhos de coleta dos resíduos sólidos deixados por usuários da BR-101 Sul, nos municípios catarinenses de Tubarão e Araranguá.
Em cada operação de conserva da rodovia, com roçadas nos taludes e canteiro central, os resíduos sólidos encontrados são recolhidos e transportados para reciclagem. A coleta vai evitar que materiais descartados por motoristas que trafegam pela rodovia acabem nos sistemas de drenagem, causando assoreamento das galerias.
Plásticos, garrafas PET, vidro, papel e papelão serão recolhidos e enviados à reciclagem. A destinação e a seleção do material coletado serão feitos pelos municípios lindeiros a rodovia. O material orgânico depositado nos bordos e canteiro central da rodovia não é coletado. Toda a destinação do material recolhido é responsabilidade das empresas contratadas para efetuar a conservação da rodovia federal
Impacto na rodovia
O impacto do lixo deixado às margens da pista reflete-se nas obras de limpeza e conservação. Na dificuldade de escoamento da água da chuva, os bueiros transbordam e causam estragos no aterro da rodovia. Assim como nas sarjetas de escoamento na rodovia. Uma vez obstruídas com o lixo, elas transbordam e atingem o pavimento e as obras de duplicação da BR-101 Sul.
Depois de abandonado sobre a pista, o lixo acaba sendo transportado pela água da chuva e se acumulando em dutos e bueiros. O problema se agrava próximo as travessias urbanas, onde há maior concentração de pessoas e veículos. Com a duplicação da BR-101 Sul concluída, a quantidade de lixo depositado na rodovia aumentou. Diante do excesso de resíduos obstruindo os bueiros e valetas, o DNIT necessitará de mais equipes de trabalhadores e equipamentos para operações de limpeza em menores intervalos, acarretando aumento de recursos para a execução desses serviços.
Segurança na pista
O lixo jogado na BR-101 Sul, em alguns casos, oferece risco de acidente aos usuários. Restos de pneus, por exemplo, são barreiras perigosas para os motociclistas. Ao obstruir o sistema de drenagem, a água que alcança as pistas forma uma película sobre a rodovia. Os veículos estão sujeitos a deslizar e perder a aderência (aquaplanagem) com a pista e causando um sério acidente.
Com o acúmulo de lixo na rodovia, alguns animais, como cães e urubus, procuram restos para a própria alimentação. No intuito de desviar desses animais, manobras bruscas podem acarretar em perda do controle do veículo, causando assim, acidentes.
Educação ambiental
Nas obras de duplicação da BR-101 Sul, entre os 22 Programas socioambientais e um Estudo desenvolvidos pela Empresa de Supervisão e Gerenciamento Ambiental (ESGA), há um específico para a educação ambiental. Com palestras, visita a escolas e comunidades lindeiras a rodovia, a equipe de educadores procura conscientizar alunos, professores, trabalhadores e motoristas sobre os aspectos da obra e projetos ambientais paralelos às obras de duplicação.
Entre as temáticas apresentadas, a questão de como uma sociedade gera e trata os rejeitos é apresentada para alunos e trabalhadores. Cerca de 65.071 pessoas participaram de oficinas de Educação Ambiental realizadas pela ESGA desde 2006.
Colaboração: Muriel Ricardo Albonico/Núcleo de Comunicação DNIT/SC