Saúde

DIVE-SC confirma morte de homem após reação da vacina contra a Covid-19 em Blumenau

Esta é a segunda morte causada por reações adversas à vacina no Estado.

Foto: Cristiano Andujar/PMF/Divulgação

A DIVE-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) confirmou que a morte de um jovem de 28 anos, morador de Blumenau, em agosto deste ano, foi causada por uma reação da vacina AstraZeneca contra a Covid-19.

Dois óbitos causados por reações adversas à vacina já foram registrado no Estado no período de janeiro a 30 de setembro após a aplicação de 8.790.520 doses de vacinas. Os dois casos foram registrados no Vale do Itajaí.

A outra morte relacionada à vacina foi em Timbó, de uma mulher de 27 anos. Assim como o blumenauense, a vítima teve STT (Síndrome de Trombose com Trombocitopenia) após aplicação da Astrazeneca. Ambos os casos foram notificados e investigados pelas equipes de imunização estadual, regional e municipal, com apoio do Ministério da Saúde.

O trabalho de investigação está sendo realizado em todos os 26 Estados e um distrito federal do Brasil. Um boletim com informações atualizadas deve ser divulgado pelo Ministério da Saúde nos próximos dias.

Dados da DIVE-SC

Segundo a DIVE-SC, os EAPV (Eventos Adversos Pós-Vacinação) contra a Covid-19 em Santa Catarina representaram 0,1% do total de doses aplicadas na população catarinense no período de 18 de janeiro a 30 de setembro de 2021. Do total de 8.790.520 doses aplicadas nesse período, foram notificados 10.251 casos suspeitos de EAPV em todo o Estado.

Os dados fazem parte do primeiro Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos EAPV relacionados à vacina contra a Covid-19 divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina nesta quarta-feira (10).Ainda, de acordo com a DIVE-SC, os benefícios da vacinação superam os riscos de eventuais eventos adversos, que são considerados raros e em sua grande maioria, leves e com boa evolução.

Santa Catarina registrou 19.736 mortes por Covid-19 até a última quarta-feira (9), o que equivale a uma taxa de mortalidade de 275 óbitos por 100 mil habitantes. No mês de março, durante o pior momento da pandemia no Estado, quando a cobertura vacinal ainda era baixa, a média móvel chegou a 136 óbitos por Covid-19 no período de 7 dias.

Atualmente, com uma cobertura vacinal acima de 62% da população total, o Estado tem registrado uma média móvel de 7,6 óbitos por Covid-19 nos últimos 7 dias, uma redução de 36% em relação ao período de 7 dias anteriores.

Perfil epidemiológico dos EAPV

Desde o início da vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina, no dia 18 de janeiro até o dia 30 de setembro, foram notificados 10.251 casos suspeitos de Eventos Adversos Pós-Vacinação. Destes, 6.373 foram referentes à vacina do laboratório AstraZeneca, 2.528 pela vacina do laboratório Sinovac/Butantan, 1.093 pela vacina da Pfizer e 257 pela vacina da Janssen.

Dos 10.251 casos suspeitos de EAPV que foram notificados, 9.638 (94%) foram considerados como eventos adversos não graves, leves e de boa evolução. Em sua maioria, os sintomas relatados foram febre, dor no corpo, dor no local da aplicação, vermelhidão ou edema. Outros 613 eventos (6%) foram classificados como eventos adversos graves, dos quais foram identificados 242 óbitos suspeitos de EAPV que ocorreram em um período de até 30 dias após a vacinação.

Destes óbitos, que em sua maioria (75,2%) ocorreram na população acima de 65 anos, 227 (93,8%) não tiveram relação causal com a vacina, 2 (0,8%) tiveram relação causal com as vacinas Covid-19 e outros 13 (5,4%) continuam em investigação.

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina segue acompanhando os Eventos Adversos Pós-Vacinais das vacinas Covid-19 administradas em seu território, em especial os Eventos Adversos Graves. A SES lamenta a ocorrência dos óbitos, reforça a importância da vacinação para o combate à disseminação do coronavírus.

Ao mesmo tempo, solicita atenção de todos para a ocorrência de sinais e sintomas atípicos como dor de cabeça persistente, dor abdominal, dor no peito, náuseas, vômitos, edema em membros inferiores, falta de ar e palpitações, num período de até 4 semanas após a vacinação. Caso apresente esses ou outros sintomas, procure um serviço de saúde para atendimento.

Com informações do site ND Mais

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