Projeto que institui a instalação do Diferencial Residual nos espaços públicos foi aprovado na Câmara de Vereadores.
A cada duas ocorrências de acidentes com energia elétrica no Brasil, uma resulta em óbito segundo a Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos da Eletricidade (Abracopel). Para minimizar os riscos, os vereadores de Forquilhinha aprovaram o Projeto de Lei nº 19/2022 que institui a obrigatoriedade da instalação de dispositivo Diferencial Residual (DR) nos espaços públicos, assim como em ambientes privados com atendimento ao público em geral.
O projeto foi apresentado pelo vereador Felipe Dordete (PP) e aprovado nesta segunda-feira, dia 5, pelos demais vereadores. “Essa obrigatoriedade se faz imprescindível para que não ocorram mais fatos tristes e trágicos, como o que vimos há pouco tempo em nosso município”, disse ele a respeito da descarga elétrica que matou um adolescente e feriu outro, no dia 26 de julho, em um campo de futebol no bairro Santa Isabel.
O dispositivo Diferencial Residual é considerado um protetor de vida, utilizado nas instalações para evitar que a corrente elétrica cause um dano na pessoa que tocar a eletricidade. Ele reconhece quando uma determinada fiação está vazando um percentual de corrente elétrica diferente do habitual, como no caso de uma criança colocando uma chave na tomada. Assim, o DR desarma os circuitos que estão ligados a ele interrompendo o choque elétrico.
Conforme os dados apurados pela Abracopel, de janeiro a junho de 2022, foram contabilizados no Brasil 949 ocorrências envolvendo situações de curtos-circuitos, fugas de corrente, ausência de manutenção, dimensionamento incorreto das instalações e outros fatores. Deste total, 384 pessoas morreram. Segundo o órgão, muitos acidentes poderiam ser evitados com a execução correta dos projetos, além da prática de revisão das instalações elétricas.