O dia 20 de novembro é tradicionalmente celebrado como o Dia da Consciência Negra. Fazendo menção a esta data, a UFSC Araranguá promoveu diversas atividades na unidade do bairro Jardim das Avenidas. Desde as 10 horas da manhã de segunda-feira o Campus recebeu convidados para ações como roda de capoeira, musica, debates e até cinema.
Uma das organizadoras do evento e servidora da Universidade Federal de Santa Catarina, a psicóloga Iclícia Viana fez um balanço sobre o dia especial.
“O evento foi feito com a intenção de trazer o debate racial para nosso campus e já vimos efeitos importantes desta ação. O trabalho em equipe, dialogando com servidores, docentes e estudantes nos possibilitou perceber que precisamos pensar a permanência estudantil também promovendo encontros como estes, de aprendizado e fortalecimento coletivo. A mesa redonda com “Por que cotas raciais?” com as prof Liz Ferreira e Prof Regina Antonio, foi um momento fundamental de explicações históricas, teóricas, jurídicas e estatísticas sobre a realidade brasileira de desigualdade social atrelada ao racismo que estrutura nossa sociedade.”
O mestre de capoeira e professor no Instituto Futuro Aprendiz, Cristiano Gomes Ferreira Aguiar comenta que a ação é sem precedentes em Araranguá. “Esse dia é muito importante para nós, e ficamos muito felizes em estar aqui, principalmente porque é algo que nunca foi feito antes na cidade.”
Jessica Saraiva, que atua como Assistente Social na UFSC Araranguá, ainda completa que o Dia da Consciência Negra é importante para levantar o debate sobre o racismo no Brasil.
“ data vem nos instigar à promoção do debate sobre o racismo no Brasil, tema de cunho forte para comunidade negra. Cotidianamente, homens, mulheres e crianças negras passam por situações de constrangimento por ter a cor da pele preta e/ou ter o cabelo crespo, na roda de conversa: Preto em pauta! foi notório os depoimentos compartilhados por negros e brancos que já sofrem e/ou presenciaram situação de constrangimento e até racismo. Os espaços de reflexão e busca de informação a respeito da consciência negra é um espaço para toda comunidade, não só as pessoas que encontram-se em situação de violência, visto que, ainda existe pessoas que por falta de informações confiáveis não sabem identificar quando estão sendo descriminadas e o que fazer nestas situações. Por isso, essa temática deve ser um movimento de cunho social, porque, quaisquer forma de violência seja física ou psicológica, não é um problema apenas da vitima é um problema da sociedade em geral. Racismo é uma das formas de violência contra o ser humano, e a universidade também tem o papel social de promover esse tipo de debate”.
A expectativa para 2018 é que o evento ganhe uma proporção ainda maior a fim de conscientizar a sociedade a respeito de um tema muito importante a ser debatido.
Colaboração: Comunicação UFSC Araranguá