A Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) de Santa Catarina destaca que basta registrar a presença do aracnídeo para uma cidade ser considerada infestada.
A Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) de Santa Catarina considera que 10 cidades do estado infestadas pelo escorpião-amarelo (Tityus Serrulatus). Além de perigoso à saúde, o escorpião-amarelo tem fácil a adaptação a qualquer ambiente.
As cidades consideradas infestadas são: Antônio Carlos, Araquari, Balneário Camboriú, Blumenau, Criciúma, Florianópolis, Içara, Itajaí, Joinville e Navegantes.
“Todos os municípios que registram a presença de Tityus Serrulatus (escorpião-amarelo) ,espécie invasora de áreas urbanas e de importância médica, são considerados infestados e devem manter as ações de controle. A espécie reproduz-se por partenogênese. Assim, só existem fêmeas e todo indivíduo adulto pode se reproduzir sem a necessidade de acasalamento”, comenta a médica veterinária da Dive/SC, Alexandra Schlickmann Pereira.
“Esse fenômeno (patogênese) facilita sua dispersão; por causa da adaptação a qualquer ambiente, uma vez transportado de um local a outro (introdução passiva), instalam-se e proliferam com muita rapidez”, explica a médica veterinária.
Destes municípios, Itajaí vem apresentando um aumento no número de registros de aparecimento do escorpião-amarelo. “Já Joinville, em todo o ano passado, houve registros de 134 ocorrências e este ano, 49 ocorrências de escorpiões amarelos”, ressalta Alexandra.
Mais de 100 registros de picadas no Estado
Neste ano, a Dive já registrou a ocorrência de 135 picadas de escorpiões no estado. Sendo que Curitibanos teve o maior número de registros.
“Porém a espécie mais comum neste local é o Tityus Costatus, considerado uma espécie endêmica no estado e de pouca importância médica”, avalia a veterinária. “Não há registros de óbitos por escorpiões em Santa Catarina”, completa.
De acordo com os registros da Dive e do Ciatox/SC, as espécies com o maior número de registros são o escorpião-amarelo que é uma espécie invasora, mais perigosa e que causa o maior número de acidentes e o Tityus Bahiensis que também é de importância médica, porém não se reproduz por partenogênese.
Recomendações para controle dos escorpiões
Organizar o quintal, mantê-lo limpo, remover entulhos de construção e fechar possíveis frestas nas residências são algumas das recomendações da Dive, bem como não acumular lixo e resíduos orgânicos.
Isso porque estes acúmulos atraem baratas que servem de alimento aos escorpiões. Não se deve utilizar venenos, já que eles não são eficazes e contribuem para a ocorrência de acidentes.
“É necessário manter as ações de controle pelas equipes de vigilância. As medidas de controle e manejo populacional de escorpiões baseiam-se na coleta dos escorpiões e modificação das condições do ambiente a fim de torná-lo desfavorável à ocorrência, permanência e proliferação destes animais”, afirma Alexandra.
Com informações do site ND Mais