O secretário da Infraestrutura e Mobilidade do Estado, Jerry Comper, determinou que a empresa que teve o contrato pelas obras na SC-370 na Serra do Corvo Branco rescindido em comum acordo faça melhorias em alguns pontos antes de se retirar do local. Devem ser pavimentados um trecho de quatro quilômetros onde só falta o asfalto e executados serviços para permitir a trafegabilidade e segurança dos usuários e não se perder o que já foi feito até agora.
“Reconhecemos a importância dessas obras para os moradores e para o turismo e o quanto ela representa em geração de emprego e renda da região. Por isso, terá toda a nossa atenção”, afirmou Comper em visita às obras com o coordenador regional da pasta, Thiago Costa, na última sexta-feira, 14.
A pavimentação da Serra do Corvo Branco começou em 2008 e foi dividida em três segmentos. Dois já foram concluídos: o segmento 1, com 20 quilômetros, no topo da serra, em Urubici; e o segmento 3, com 23 quilômetros, a partir de Grão-Pará até o pé da serra, a um custo de R$ 36 milhões e R$ 39 milhões, respectivamente.
O trecho restante – o segmento 2, com nove quilômetros – abrange a parte mais acidentada da serra e está orçado em R$ 42 milhões. Além dos empecilhos impostos pelo relevo, o local apontado pelo projeto (feito em 2019) para obtenção de material pétreo não estava mais disponível. A solução adotada foi realizar o desassoreamento do Rio Canoas e aproveitar o seixo retirado.
Em maio de 2022, chuvas intensas causaram deslizamentos e quedas de barreiras ao longo da rodovia, que precisou de intervenção urgente. A estrada ficou fechada para reparos emergenciais, abrindo para tráfego em períodos parciais até dezembro.
Como o prazo inicial da obra se encerraria em 25 de fevereiro deste ano, foi dada a ordem de paralisação no dia 17 do mesmo mês, para aguardar uma definição. Em março, a secretaria e o consórcio responsável decidiram pela rescisão. Será lançada uma nova licitação para definir uma outra empresa para dar continuidade aos serviços. A estimativa é de que o processo, em respeito aos trâmites administrativos exigidos pela legislação, leve de seis a oito meses.
O secretário percorreu também o trecho da SC-370 entre Rio Rufino e Urubici. Foram verificadas demandas necessárias para acelerar o ritmo dos trabalhos, como licenças ambientais, desapropriações e adequações nos postes da Celesc.