Trânsito

Desmoronamento próximo à ponte de Laguna põe motoristas em risco

Foto: Elvis Palma/DS

Foto: Elvis Palma/DS

Da porta de seu bar na localidade do Bananal, em Laguna, de onde tem vista para a Ponte Anita Garibaldi, o comerciante Ronaldo Antonio perdeu as contas de quantas situações de riscos já presenciou envolvendo veículos que trafegam pela marginal paralela à Ponta das Laranjeiras, no lado oposto da BR-101.

Em agosto do ano passado, rochas deslizaram da encosta por causa de infiltrações e chegaram a bloquear todo o tráfego da marginal, na altura do quilômetro 316. Em seguida, a pista em sentido Norte acabou liberada aos motoristas. Mas isso está longe de resolver o problema. Além de destoar da paisagem no entorno e da moderna ponte estaiada, inaugurada em 15 de julho de 2015, o amontoado de terra e rochas em um trecho da pista no sentido Sul é um obstáculo que põe em risco a segurança de quem transita pelo local.

O fluxo, dependendo do dia e horário, não chega a ser intenso, mas é fácil flagrar automóveis que seguem no sentido Tubarão (Sul) tendo de desviar pela contramão. No entanto, a superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit em Santa Catarina, responsável pela rodovia federal, afirma que até agora não houve registro de nenhum acidente no trecho. “Devem estar esperando acontecer alguma desgraça, porque ali está muito perigoso”, reclama Antonio. O próprio comerciante, por duas vezes, quase já foi vítima de acidente no local, quando circulava com sua motocicleta. Em um dos casos, por pouco não bateu de frente em um ônibus.

O dono do bar conta que, com medo, os moradores evitam transitar por ali durante a noite. Segundo ele, o local é frequentado também por turistas que o usam para fotografar a Ponte Anita Garibaldi. “Do jeito que a coisa está indo, não falta muito para ocorrer uma grave colisão. O pessoal está levando sorte, porque são cenas de arrepiar”, alerta Antonio.

A marginal é bastante usada pelos moradores da Ponta da Laranjeira e região para se deslocar, principalmente até o bairro vizinho, de Cabeçudas. A outra opção é seguir pela ponte nova, porém, o trajeto fica mais longo. Dono de um armazém, Manoel Costa Florentino usa a estrada quase todo dia. Ele também critica a situação, que se arrasta desde agosto: “É a maior vergonha do mundo!”, conclui.

Obra de contenção da encosta ainda não tem prazo para começar

Mesmo com os riscos à segurança de quem trafega pela marginal, o problema não tem prazo para ser resolvido. Segundo o Dnit, caso as rochas sejam retiradas agora da pista, há o risco de ocorrerem novos deslizamentos. Para dar jeito à situação, só mesmo com o trabalho de contenção da encosta.

A superintendência estadual do Dnit afirma que o projeto para a obra está pronto, mas aguarda a liberação ambiental do Ibama, em Brasília. Somente depois da autorização, a autarquia vai dar início à captação dos recursos financeiros junto à União.

Com informações do Jornal Notisul