Somos chamados a vencer o terrorismo político. A restaurar a vida pública. A desfazer a cultura do medo e do pessimismo edificada em torno da atividade política.
Expressões do tipo: “todos os políticos são corruptos”, “política não se discute”, “homens honestos não se envolvem em política” e “da política eu quero distância”, são expressões inocentes, porém, disfarçadas de uma dissimulada e “maquiavélica” ideologia de repulsão a vida pública.
Quanto mais o cidadão estiver desestimulado, desanimado com a política, mais ele distanciar-se-á do espaço público, e quanto mais longe da política, menor é a chance de renovação. Esta é a velha técnica das “raposas”, aquelas que se perpetuam no poder e tem medo da renovação: plantar a desesperança.
Os que patrocinam o pessimismo na política querem nos ver desacreditados, longe dos debates e da agenda pública, um modo sutil para continuar efetuando os “conchavos”, os “acertos”, as “maracutaias”.
Vencemos a ideologia machista o qual pregava que o lugar de mulher era na cozinha. Vencemos o tabu de que fé e política não dialogam. Agora, é a hora de extirpar este mecanismo ideológico de alienação que tenta calar a cidadania com pensamentos poucos cívicos de que política não se discute e homem honesto não se envolve em política.
Ou discutimos seriamente o conteúdo político, de forma crítica e responsável, invocando todos os homens honestos a assumirem responsabilidades na vida pública, ou deixamos tudo como está, e façamos da nossa democracia um programa de sábado à noite: uma zorra total.
Conexão Europa
O rei da Espanha, Juan Carlos, abdicou o trono em favor de seu filho, o príncipe Felipe. A coroa na Espanha está em movimento! Mas o sentimento é que pouco muda a vida do povo espanhol.