Após um novo deslizamento ocorrido no último dia 9, a Defesa Civil esteve, novamente, na manhã desta quinta-feira, 11, realizando uma vistoria na Serra do Rio do Rastro. A coordenadoria regional, municipal, um técnico da Defesa Civil do estado, Polícia Militar Rodoviária e o prefeito de Lauro Müller, participaram da ação que teve como objetivo confirmar locais de risco já apontados e avaliar novos pontos.
De acordo com o gerente de Restabelecimento e Reabilitação da Defesa Civil estadual, José Luiz de Abreu, a presença da água é um fator determinante para que ocorram os deslizamentos. “A Serra hoje é um local preocupante pelo contexto geológico. Temos além da presença da água, os próprios cortes das rochas, fraturas dos blocos, gravidade e a trafegabilidade com excesso de carga que favorecem e contribuem para os deslizamentos das encostas”, explicou Abreu.
Segundo o coordenador regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira, uma vistoria realizada no ano passado concluiu nove pontos com riscos de deslizamentos e quedas de blocos. Em outro ponto foram realizados testes com produto impermeabilizante, mas que não se aplica em todos os locais de risco. “Esta vistoria serviu para confirmar novamente estes nove pontos e avaliar outros. Tudo isso será documentado para iniciarmos a busca de recursos para as obras e medidas necessárias que promovam segurança dos transeuntes, como a colocação de telas e cortinas tirantadas para a contenção dos blocos”, assegurou.
Para o prefeito de Lauro Müller, Valdir Fontanella, a Serra do Rio do Rastro não é só um cartão postal, além do valor de mobilidade ligando o litoral ao planalto e turístico com a beleza que ela tem, a Serra possui um valor econômico para a região. “Queremos explorar ainda mais o turismo com a Serra do Rio do Rastro. A natureza deixou as coisas belas e nós precisamos saber aproveitar com segurança e conforto para todos”, afirmou.
Secretaria de Infraestrutura divulga projetos para solucionar o problema
Na quarta-feira, 10, a Secretaria de Estado da Infraestrutura divulgou os cinco projetos para a Serra do Rio do Rastro. A previsão é que será necessário investir cerca de R$ 4.800.000,00 na contenção das encostas, conservação e restauração do pavimento da rodovia.
O primeiro projeto está orçado em cerca de R$ 800 mil e prevê a recuperação do pavimento da SC-390. Outro projeto, também com aplicação de cerca de R$ 800 mil, é destinado à conservação da mesma rodovia. A Secretaria lançou licitação de obra e ainda no primeiro semestre deve ser emitida a ordem de serviço.
Maior volume de investimento é previsto para três projetos de contenção localizadas nos quilômetros 407, 410 e 416. A previsão é que seja necessário cerca de R$ 3.250.000,00 para executar os serviços planejados.
Localizado no KM 407 + 800, o primeiro projeto desenvolvido contempla a implantação de tela de aço galvanizado de alta resistência, fixada com tirantes protendido com injeção de nata de cimento. Execução de concreto projetado. Execução de drenos sub-horizontais. Execução de sarjetas triangular de concreto, limpeza de meio fio e das caixas coletoras. Custo aproximado R$ 2.000.000,00.
Outra ação de contenção está projetada no KM 410 + 930, contemplando a execução de muros de gabião, com caixas com alturas de 0,50 metros e 1,00 metros. Execução de colchão Reno com malha de PVC. Execução de drenos longitudinais no pavimento. Execução de bio-manta – 100% fibra de coco com duas telas de polipropileno. Execução de sarjetas triangular de concreto e descidas de água (em corte – tipo DD 2).Limpeza de sarjetas e caixas coletoras. Custo aproximado: R$ 600.000,00. Inserido no programa de pontos críticos e passivos ambientais do BID.
No KM 416 + 100, o projeto desenvolvido prevê a execução de muros de gabião, com caixas com alturas de 0,50 metros e 1,00 metros. Execução de colchão Reno com malha de PVC. Execução de drenos longitudinais no pavimento. Execução de bio-manta – 100% fibra de coco com duas telas de polipropileno. Execução de grampos para solo grampeado. Execução de sarjetas triangular de concreto e descidas de água (em corte – tipo DD 2). Limpeza de sarjetas e caixas coletoras. Custo aproximado: R$ 650.000,00.
[soliloquy id=”256520″]
Colaboração: Paula Darós Darolt/ Comunicação ADR Criciúma