O debate, promovido pelos cursos de História e Economia, teve como tema central “O Golpe de 1964 e a Ditadura Militar no Brasil: para não esquecer”.
A trajetória de Leonel Brizola, a Comissão da Verdade com a anistia dos crimes da ditadura militar e o imperialismo norte-americano foram alguns dos pontos debatidos na mesa-redonda realizada na Unesc na noite desta quarta-feira (28). O debate, promovido pelos cursos de História e Economia, teve como tema central “O Golpe de 1964 e a Ditadura Militar no Brasil: para não esquecer”. Participaram do encontro o professor Murialdo Gastaldon, a egressa do curso deHistória Marlene Soccas e o conferencista Sérgio Uliano.
“Os golpistas não foram só os militares, mas também os Estados Unidos e a elite brasileira”, destacou Marlene ao se referir ao golpede 1964. Ela acredita que o povo brasileiro não estava preparado para sedefender, pois não tinha direito a educação. “O imperialismo norte-americano derrubou vários governos que queriam libertar seus povos. Só eles podiam sernacionalistas, quando éramos nós eles chamavam de baderneiros ou bandidos”, ressaltou.
Murialdo Gastaldon descreveu aos presentes um pouco da vidade Leonel Brizola. “Brizola conseguiu ser um grande realizador em termos administrativo se ainda fazer política”, comentou. Ele contou aos presentes que Brizola tentou combater o golpe de 1964, mas que 40 dias depois teve que sair do Brasil.
“A Comissão da Verdade surgiu para abrir todas as gavetas fechadas, descobrir quem matou, onde estão enterrados os corpos e tudo queocorreu na ditadura”, comentou Sérgio Uliano. Ele explicou que os militare sutilizaram uma brecha da anistia para se proteger dos crimes de tortura de assassinatos. “A Constituição Brasileira e tratados que o Brasil têm assinadotem como princípio a dignidade humana, por isso esses crimes não podem ser anistiados”, salientou.