Educação

De forma lúdica, projeto trabalha a leitura e a escrita com os alunos em escola de Içara

Foto: Francis Leny / Comunicação Prefeitura Municipal de Içara

Foto: Francis Leny / Comunicação Prefeitura Municipal de Içara

As escolas municipais de Içara caminham aceitando novos desafios com um leque de múltiplos projetos que favorecem e solidificam o progresso do ensino-aprendizagem. Seguindo este pressuposto e preocupadas em não apenas alfabetizar, mas mediar e propiciar meios para a conquista do letramento, dando ênfase às fragmentações da escrita nas redes sociais e via celular, a equipe pedagógica e o corpo docente da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ângelo Zanellato, no Bairro Primeiro de Maio, em Içara, desenvolveram o projeto “Zanellato conectado: Reconfigurando a escrita”.

A proposta visa direcionar um novo olhar para a questão da leitura e da escrita, partindo-se do desígnio de que estes quesitos são indispensáveis para a construção e ampliação do conhecimento do indivíduo e de que a instituição educacional é o espaço ideal para esse processo. Dentre as atividades desenvolvidas pelo projeto iniciado pelos professores do 1º ao 5º ano, foi construída uma “caverna” no corredor da escola. No local, estão sendo expostos desenhos dos alunos contando a história da escrita.

“Iniciamos os trabalhos conversando com as crianças sobre o projeto; a importância da escrita e sobre os avanços tecnológicos que nos dão praticidade, mas que precisamos usar com responsabilidade. Depois disso, os alunos assistiram ao filme “Os Grunds” que relata a vivência e a sobrevivência das pessoas no tempo das cavernas, onde por meio do carvão vegetal e papel pardo interpretaram o que haviam compreendido e a caverna começou a ganhar corpo”, conta a professora do 1º ano, Altina Maria Tournier Warmiling.

Por meio da exibição de outro vídeo, que aborda a evolução da escrita e dos números, professores ampliaram as atividades. Foram colados no interior da caverna colagens de desenhos contando a história dos números. As crianças desenharam o pastor e as ovelhas e as formas de contagem daquela época (contagem nos dedos, com pedrinhas, nó nas cordas).

Em uma das tarefas, cada aluno também teve que trazer uma fruta, representando um tipo de alimentação do tempo das cavernas. Com elas, uma grande salada de frutas foi feita e consumida pelos estudantes. “Foram momentos especiais. Além de aprendermos sobre a história da escrita, nos divertimos muito desenvolvendo os trabalhos na caverna e com as frutas”, diz a aluna do ano 2º ano, Maria Laura Ghisi Maciel.

Conforme o diretor Claudiomir da Silva “o projeto foca a importância da escrita e sobre os avanços tecnológicos que nos dão praticidade, mas que precisamos usar com responsabilidade”. “Toda a escola se encantou com a caverna e os alunos do 5º ano matutino visitaram, pediram para falarmos como surgiu a ideia e quiseram participar. Eles fizeram trabalho em argila. O projeto está em andamento, portanto, vamos ainda estudar sobre a lousa, o papiro, as mudanças ocorridas na escrita e o uso da tecnologia”, lembra.

No decorrer desse 2º semestre a escola pretende promover a interação do projeto de modo que, gradativamente, novos grupos considerem-se verdadeiros agentes divulgadores da conscientização a favor da boa leitura e da reconfiguração da escrita. “Pretendemos, com esse projeto, assegurar uma ação pedagógica coerente que possibilite aos alunos o uso das múltiplas linguagens nas práticas sociais de leitura e escrita. Eram muitas as queixas dos professores em relação às dificuldades da maioria dos alunos em relação à leitura, à escrita e à produção textual”, conta o secretário de Educação, Antônio de Mello. 

A atividade finalizará com um livro de história em quadrinhos a ser produzida pelos estudantes, onde contará toda a realização dos trabalhos. “Queremos oportunizar momentos de reflexão e ação, que auxiliem a conscientização e estimulem a mudança de hábitos referente à leitura e à forma correta de utilizar a tecnologia sem perder a essência de uma boa escrita. A escola não se preocupa apenas com o ensino das disciplinas, preocupa-se em articular a vivência e a convivência social da comunidade escolar como um todo”, complementa a coordenadora pedagógica, Lidiane Alves.

Colaboração: Francis Leny / Comunicação Prefeitura Municipal de Içara