O combate ao crime organizado, após a onda de ataques em Santa Catarina, que iniciou em Criciúma no dia 1º de fevereiro, resultou em 16 detenções e duas mortes de integrantes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Só nos últimos 20 dias, três integrantes do PGC foram detidos em ações da Polícia Militar, entre eles, o líder da facção enraizada nas unidades prisionais. A resposta da Polícia Civil, que em um mês após os atentados encerrou as investigações, também resultou na agilidade do Poder Judiciário, que já recebeu a denúncia do Ministério Público em relação aos atentados.
São 12 adultos presos- entre eles um agente penitenciário que trabalhava no Presídio Santa Augusta, e um advogado, e quatro adolescentes apreendidos. As prisões e apreensões, segundo a polícia, enfraqueceram o poder da facção, afugentou interessados em participar do esquema criminoso e quebrou a espinha dorsal do crime organizado em Criciúma. Dois locais utilizados como ponto de encontro entre membros, que articulavam ataques e escondiam armas e drogas, também foram fechados nos últimos dias na cidade.
Integrantes da facção criminosa morrem após trocas de tiros com a polícia
Por volta das 16h de sábado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Tubarão fez um bloqueio na BR-101 na altura do elevado de Morro Grande, distrito do município de Sangão. Segundo o site Clicatribuna, o objetivo era auxiliar o trabalho da Polícia Civil de Jaguaruna, Forquilhinha e a DIC de Criciúma a interceptar um grupo suspeito de ter ligação com a facção criminosa PGC, que tinha como destino Tubarão, onde realizaria um assalto.
Dois dos integrantes da facção criminosa, Alan Caetano Aranha, de 25 anos, e Celso Osvaldo dos Santos, 32, morreram após troca de tiros com a polícia. A dupla estava com um Crossfox, com placas de Içara, que havia sido furtado na semana passada.
Pai e filha acabam presos
Uma mulher que dirigia um Pegeout 206 foi a responsável por levar os dois ocupantes do Crossfox de Criciúma a um posto de combustíveis na BR-101. Suspeita-se que eles transitavam entre Criciúma, Içara e Jaguaruna, sem um local fixo para morar. Um Prisma, guiado por um homem de 47 anos, dava sustentação ao grupo vindo de Criciúma. Ele era o pai da mulher que ocupava o Pegeout.
Garrafas para a fabricação de coquetel molotov foram encontradas
Nesta operação, os policiais encontraram, dentro do Crossfox, uma pistola 380, um revolver calibre 38, duas bananas de dinamite, gasolina, garrafas prontas para serem utilizadas como coquetel molotov, munições e uma meia feminina que serviria como touca.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Tubarão e foram liberados na tarde de ontem, após o reconhecimento das famílias. Os outros envolvidos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia de Jaguaruna.