Tigre domina as ações do jogo, tem diversas oportunidades para definir o resultado, e vê o adversário ser letal para encaminhar o acesso
Estava tudo dando certo. Jogando um futebol envolvente, o Criciúma ‘amassou’ o Vasco durante boa parte da partida, em pleno São Januário. Fez 1 a 0 e ia encostando de vez no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Mas, aós perder diversas oportunidades de gol para sacramentar a vitória contra um oponente direto na briga pelo o acesso, o adversário, em duas chegadas, marcou duas vezes para chegar à virada e vencer por 2 a 1.
O resultado mina as chances do Tigre voltar à primeira divisão do futebol nacional e praticamente define os quatro primeiros que estarão na elite do ano que vem. Agora, o Tricolor Predestinado está a seis pontos do quarto colocado, restando duas rodadas para o término da competição.
O jogo
O Criciúma não se intimidou com o São Januário lotado nesta tarde de sábado e impôs seu futebol. Pressionando a saída de bola dos mandantes, trocando passes com tranquilidade e ditando o ritmo da partida, o primeiro gol parecia questão de tempo. Acuado e nitidamente nervoso em campo, o Vasco possuía dificuldades de chegar à meta carvoeira.
A primeira boa chance do Tigre veio apenas aos 24 minutos. Ítalo cruzou pela esquerda, Lohan recebeu e ajeitou na entrada da área para Cristovam bater para o gol, mas bola foi sem muita força, facilitando a defesa do goleiro Thiago Rodrigues.
O time da casa abusava dos longos lançamentos e dos cruzamentos para a área. Em uma destas investidas, Alex Teixeira alçou para o ‘tumulto’ e Eguinaldo, de cabeça, finalizou, mas sem perigos para Gustavo.
O Criciúma, à vontade em campo, parecia que estava disposto a colocar ‘água no chopp’ do Vasco. O gol veio aos 34 minutos da primeira etapa. Em boa triangulação no setor ofensivo, Hélder encontrou Fellipe Mateus com liberdade na grande área. Ele bateu cruzado e, fechando pela direita, Hygor apareceu para estufar as redes.
O gol colocava o Tigre na quinta posição da tabela de classificação, a um ponto do próprio Vasco. A torcida vascaína, que estava empurrando incansavelmente a equipe, passou a ficar impaciente. Os primeiros 45 minutos terminaram sem maiores emoções.
Tigre abusa da sorte e leva a virada
Quem não faz, leva. A regra máxima do futebol mais uma vez apareceu. A conversa no vestiário durante o intervalo não foi o suficiente para o Vasco melhorar na partida. O Criciúma permanecia com o controle dos espaços.
Tanto é que o Tigre perdeu duas oportunidades claras de gol para ampliar o placar e definir o resultado. Ambas foram com Hygor.
Aos 19 minutos, o atacante carvoeiro, em uma jogada parecida com o primeiro gol, recebeu um chute cruzado de Hélder frente a frente com Thiago Rodrigues. Ele se atrapalhou na passada e acabou não pegando em cheio na bola, facilitando o trabalho do arqueiro.
Cinco minutos mais tarde, Hygor foi acionado por Fellipe Mateus em grande enfiada entre os zagueiros, driblou o goleiro, mas na hora de tirar a nota 10, finalizou na rede pelo lado de fora.
Os gols perdidos não demoraram para começarem a fazer falta. Logo depois, aos 28, surgiu o empate. Figueiredo cruzou de longe, Edimar, dentro da área, tocou para Nenê desviar de cabeça para o gol. Gustavo chegou a fazer a defesa, mas a bola já havia ultrapassado a linha. Na sequência, Fábio Gomes pegou o rebote e passou para Gabriel Pec desviar mais uma vez para o fundo da rede, mas a autoria do empate ficou mesmo para o camisa 10 vascaíno.
Criciúma não sente o empate, mas volta a perder chances
Apesar de levar um balde de água fria, o Tigre continuou centrado dentro de campo. Foram no mínimo mais duas oportunidades criadas para levar a vitória para o Sul de Santa Catarina. Mais uma vez, esbarrou no momento da conclusão.
Aos 35, após bate-rebate na grande área, Cristovam estava em plenas condições de finalizar, mas bateu fraco. Thiago Rodrigues não teve dificuldades para agarrar firme. A chance mais clara veio quatro minutos mais tarde, com Caio Dantas, que havia acabado de entrar. O centroavante recebeu grande passe e, sem marcação, poderia ter escolhido o canto para correr para o abraço. O chute foi na rede, mas pelo lado de fora.
Os Deuses do Futebol não perdoariam tamanha falta de competência. Fábio Gomes virou aos 40, após cruzamento de Gabriel Pec. Fim de papo no Rio de Janeiro, 2 a 1 para o Vasco.
Com informações do TNSul