Reivindicação é para que as festas sejam liberadas independentemente do status de pandemia regional.
Empresários do setor de eventos movimentam-se para mais um protesto nas ruas de Criciúma. Está marcada para domingo, no Parque das Nações, a partir das 16h, uma passeata solicitando o retorno imediato das festas em todo o Estado de Santa Catarina.
Trata-se da segunda manifestação em menos de 30 dias do setor, que ainda sofre restrições do Estado para o retorno total das atividades. O governo de Santa Catarina sustenta que se baseia em critérios técnicos para a flexibilização gradual das portarias restritivas, a exemplo do que vem fazendo desde abril, quando o comércio começou a ser liberado.
A reivindicação dos empresários é a mesma do dia 22 de setembro: que a portaria 710, lançada no dia 18 do mesmo mês, seja alterada e os eventos sociais sejam liberados definitivamente. A portaria em questão libera a realização de feiras, palestras, abertura de museus nas regiões com avaliação de risco potencial moderado (cor azul no mapa) e alto (amarelo).
Os empresários da Amesc e Amrec pedem o retorno completo de todos os eventos em Santa Catarina, independente da avaliação de risco da pandemia. É o que afirma um dos organizadores do protesto de domingo, Hemerson Machado.
“O governo exige que as festas e eventos sociais não tenham pista de dança, isso não tem como acontecer. Ele diz que a gente pode trabalhar com eventos que pagam ingresso na ‘cor azul’ e que não pagam na ‘cor amarela’. A chance de chegar ao azul até o Natal aqui na região é muito pequena”, reclama.
O empresário cita as aglomerações que aconteceram no Estado como uma justificativa para retornar os eventos sociais. “A gente quer o retorno imediato, mesmo na ‘cor laranja’. Os casos estão diminuindo, mesmo com as praias lotadas e festas clandestinas acontecendo, mercados e shoppings cheios, então a gente tem convicção de que já está na hora da gente voltar”, aponta.
“Entre 40% a 50% das casas não abrem mais, não voltarão. Ou porque já entregou a casa, outros porque não tinham mais capital de giro. Existem alguns funcionários que ainda são mantidos porque o patrão não consegue pagar a rescisão. A gente amarga um prejuízo no Estado todo de R$ 400 milhões”, conclui Machado.
Especialistas da saúde manifestam a preocupação com o aumento de aglomerações no Estado; o temor é de que os casos de coronavírus aumentem e a curva de contaminação volte a ascender. Na semana passada, a justiça liberou a realização de um evento de Oktober Fest no litoral norte do Estado, decisão que o governo tenta reverter.
Com informações do TNSul