Um espaço diferenciado e que acima de tudo reverencia as várias faces da arte foi inaugurado nesta segunda-feira em Criciúma, na Rua Lauro Müller. Sob responsabilidade do artista plástico Edi Balod, o Atelier Casa Arte Ana Frida Antiques abriu suas portas com a proposta de envolver artesanato, pintura, música, teatro, literatura e também antiquarias. Nesse primeiro momento o espaço recebe a exposição “Louvor ao Desapego” e tem um significado especial para Balod. “São 32 obras que estão expostas e também tem a questão das antiquarias, que são peças acumuladas há três gerações na minha família. Veio um amigo meu avaliar as peças e aquelas que, por exemplo, ele dizia que valiam R$ 300 eu coloquei à venda por R$ 150, porque eu estou desapegando das peças. Também porque o interessante não é o lucro imediato, é ter o respaldo para dar continuidade a essa proposta”, comenta o artista.
A partir de março de 2015 o local receberá novas exposições. “Em março eu vou começar o projeto ‘tablado noturno’, eu vou colocar um tablado mesmo aqui no meio e chamar os artistas para tocar, cantar, declamar para 20 pessoas ao preço de R$ 20. Faz a apresentação durante 40 minutos e depois socializa”, explica Balod. “Outra ideia é fazer exposições temáticas. Eu tenho muitas peças indígenas, como plumárias, pedras, arco e flecha, todas peças autênticas”, conta. “Também penso em fazer projeções de fotografias. Um amigo meu veio aqui e fez fotos do lugar e olhar dele, os detalhes me surpreenderam”, afirma o artista. Os preços das obras de arte expostas na galeria variam entre R$ 60 e R$ 2 mil, já as antiquarias vão de R$ 30 a R$ 3 mil. O local ficará aberto de segunda a sexta-feira, das 15h às 21h. No próximo sábado o espaço receberá um grupo de jovens angolanos que apresentarão músicas do seu país, a partir das 21h.
Nome é homenagem à mãe
O Atelier Casa Arte Ana Frida Antiques leva esse nome em homenagem à mãe do artista. Ana Frida faleceu em 2011, mas deixou sua marca como uma mulher que andava sempre bem vestida, e uma grande colecionadora de louças, cristais, conjuntos de cozinha e outros objetos de antiquários. Segundo o artista, o espaço não havia sido transformado antes por um pedido dela. “Ela sempre dizia: enquanto eu estiver aqui, não mexa na casa. Porque ela sabia o transtorno que era mudar uma casa. Então quando ela partiu eu comecei esse projeto e o nome é uma homenagem a ela”, comenta Balod.
Com informações do site Clicatribuna