Educação

Crianças de dois anos estudam matemática com ações do dia a dia

Professoras do CEI Afasc Urda Joana Joaquim fizeram pesquisas e elaboraram estratégias para ensinar correspondência biunívoca

Quem diria que pedir para uma criança relacionar uma tampa ao seu pote fosse um estudo matemático. No Centro de Educação Infantil (CEI) da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) Urda Joana Joaquim, é desta forma que os alunos de dois anos começam a compreender a matemática e a correspondência biunívoca. O termo parece ser algo difícil, tanto que despertou a curiosidade das professoras do CEI, Janusia Custódio Luzinda e Neuza Regina. Com a proposta curricular em mãos e a sugestão de trabalhar com o grupo dois a correspondência, elas encontraram uma solução.

Segundo Janusia, as professoras não estavam acostumadas a ver no papel a forma de trabalhar com os pequenos. As ações eram realizadas conforme a necessidade e a prática de cada profissional. “Na proposta vimos o assunto, tínhamos a dúvida e fomos pesquisar esse termo matemático. Com o estudo percebemos que era algo que podia ser simplificado com atividades do dia a dia”, destacou. Ela lembra que no último ano cada CEI recebeu alguns jogos e treinamento na área da matemática. “Usando o jogo das sombras, quando as crianças relacionam as imagens com as respectivas sombras, estávamos fazendo correspondência”, salientou.

Por outro lado, durante a pesquisa, Janusia e Neuza perceberam que alguns autores afirmam que o estudo da correspondência só consegue ser realizada com crianças a cima de cinco anos. Antes desta idade, os pequenos não conseguem compreender. “Com as atividades que escolhemos eles fazem a correspondência. Entendemos que assim acaba sendo uma preparação. Quando chegarem aos cinco anos eles terão mais facilidade”, ressaltou. Janusia lembra que antes do estudo abordavam alguns temas além do adequado para a idade. “Quando falávamos de transporte tratávamos da bicicleta, do carro, da moto, enfim, o que eles usavam para vir ao CEI. Não cabia tratar sobre o avião”, exemplificou.

O consultor pedagógico do Departamento de Educação Infantil da Afasc, Marcelo Feldhaus, garante que a proposta curricular está em constante transformação. “Alguns conteúdos não se adaptam a realidade e devem ser mudados. Neste caso as professoras foram além e fizeram uma adaptação”, analisou. As orientadoras pedagógicas do departamento, Simone Svaisser e Mauren Furukawa ainda comentaram que a capacitação do início do ano está dando frutos. “É muito bom ver o interesse delas com as atividades da escola”, ressaltou Simone. Mauren ainda lembra que este exemplo será levado para os outros 29 CEIs.

Colaboração: Jussi Moraes

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