Neste sábado é lembrado o Dia Internacional da Síndrome de Down
Ele é o mais alegre, abre aquele sorrisão toda hora, adora uma brincadeira, super carinhoso, presta atenção em tudo e curte uma nova amizade. Aluno do Centro de Educação Infantil Professora Laureni Vieira, da Vila Vitória, Pietro Moreira Joaquim Menezes da Silva, 4 anos, tem síndrome de Down, mas isso não faz diferença para ele, que está descobrindo um novo mundo e derrubando barreiras.
Frequenta a sala de aula junto com os outros 20 coleguinhas, uma professora dedica atenção total ao pequeno. Duas vezes por semana visita a educadora Marinês Montemezzo, no Atendimento Especializado, na própria unidade escolar. Na rede pública municipal são quatro crianças com síndrome de down, dentro do programa de inclusão escolar, da Secretaria de Educação.
"Estamos trabalhando a psicomotricidade, ele recebe as mesmas tarefas das outras crianças", explica Marinês. Desenhar é com ele mesmo, adora um lápis colorido e mostrar sua arte aos visitantes e colegas.Neste sábado (21), Dia Internacional da Síndrome de Down, Pietro tornou-se um exemplo de como a diferença deve ser amada e educada.
Desenvolvimento
Cada pessoa é um ser único, diferente de todos, salienta a psicopedagoga do departamento de inclusão, Alexandra Carneiro. "A criança com Síndrome é capaz de aprender tudo o que as outras são capazes de aprender; como: sentar, engatinhar, andar, correr, falar, ler e escrever; apenas com um pouco de atraso. Ela está apta a aprender desde o seu nascimento, portanto, a ela devem ser oferecidas todas as oportunidades possíveis, dentro do mundo dos não deficientes. Na sala de aula não pode ser diferente", descreve.
Família
A mãe de Pietro, Patrícia Moreira Joaquim, confirmou a suspeita de que o filho tinha Síndrome de Down dois meses depois do nascimento. A partir daí passou a pesquisar sobre a síndrome para entendê-la e saber como poderia ajudar no desenvolvimento do filho.
Passado o susto, a vida foi transformada é o amor multiplicado. Aos cinco meses, o pequeno Pietro passou por uma cirurgia cardíaca. Patrícia acredita num milagre o filho ter sobrevivido. "Ele é um guerreiro. Aprendo muito com ele", diz a mãe. Com muito amor segue sempre buscando o melhor para seu filho.
Para o desenvolvimento, Pietro também tem consulta na fonoaudióloga e fisioterapeuta. No período da manhã, frequenta uma brinquetoteca. O pai Charles participa na educação do pequeno e sempre está presente. Pietro o adora e mostra o desenho colorido que fez do pai para todos.
Para os especialistas, é muito importante que a família ajude a desenvolver todas as suas capacidades, aproveitando as potencialidades. "Como ele será quando adulto? Só dependerá da maneira como ele for educado. Se educar para ser uma eterna criança, quando adulto será uma criança dependente. Se educar para ser um indivíduo livre, quando adulto será uma pessoa independente, que saberá cuidar de si próprio e também ter uma profissão que possa ajudar em sua manutenção", explica a psicopedagoga Alexandra Fraga Izidoro Carneiro, da Secretaria de Educação.
Causas desconhecidas
A síndrome de Down não uma doença. É uma ocorrência genética natural, que no Brasil e está presente em todas as raças. Por motivos ainda desconhecidos, durante a gestação as células do embrião são formadas com 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente.
O avanço na medicina permitiu um grande aumento na expectativa de vida dos portadores. De 15 anos, em 1947, subiu para 50, em 1989. Hoje, há pessoas que viveram até os 70 anos com o transtorno.
Colaboração: Comunicação Prefeitura de Laguna
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