Tubarão, Laguna, Imbituba e Braço do Norte são as cidades na região que mais apresentam índices de apreensão da droga
O crack é tratado pelos especialistas como o entorpecente mais agressivo à saúde do usuário. Tubarão, Laguna, Imbituba e Braço do Norte são as cidades na região que mais apresentam índices de apreensão da droga e de envolvimento de usuários em pequenos delitos, como o furto e o roubo.
O crack interfere, inclusive, na transação econômica dos traficantes. Um grupo que domina um conhecido ponto de viciados no Rio de Janeiro – a favela do Parque União – chegou a esticar uma enorme faixa na principal entrada da comunidade informando que ali não havia mais pedras do entorpecente para venda.
A medida do tráfico foi tomada após inúmeras incursões das polícias Militar, Civil e de uma força-tarefa da prefeitura e do governo estadual, que pretendem minimizar os efeitos do crack nos jovens e o número de viciados na cidade, que será a sede das próximas Olimpíadas, em 2016.
O estopim veio após a morte de um menino de dez anos – que era viciado na droga e frequentava o Parque União. Rafael Felipe Ribeiro fugia da PM quando foi atingido por um carro na Avenida Brasil, faixa estendida num acesso à favela, no Complexo da Maré.
O aviso, que teria sido feito por traficantes, não afastou dezenas de viciados, que continuavam aglomerados às margens da via expressa neste fim de semana.
Sob efeito da droga, muitos atravessavam as pistas em meio aos carros, alheios aos perigos. Para a delegada Valéria Aragão, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), a faixa é uma tentativa dos criminosos de evitar operações policiais.
“Isso é recado de traficante, mas o tráfico não tem palavra. Sabemos que a região é uma área para onde muitos criminosos estão migrando e a venda de drogas está cada vez maior. As operações vão continuar”, promete Valéria.
A Polícia Federal realiza uma extensa investigação dos principais fornecedores e acionistas da droga no Brasil. Dados preliminares apontam a participação de alguns políticos.
