Técnicos do TCE fazem auditoria na Prefeitura até a próxima sexta-feira; prefeito diz estar tranquilo.
A Prefeitura de Nova Veneza segue sob investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que está auditando relatórios e documentos referentes ao consumo de combustíveis entre os anos de 2005 e 2008. Os técnicos do TCE iniciaram os trabalhos na tarde da última segunda-feira e devem permanecer na cidade até sexta-feira.
A investigação se refere a uma Representação de Agente Público ingressada pelos vereadores Valtenir José de Mattia (PP), Edgar Preis (PP), Silvino Morelli (PP) e José Luiz Ronconi (PT) em 2010. Este último, na época em que assinou o processo, era membro do grupo de oposição da cidade. Atualmente ele compõe o bloco de situação no Legislativo.
Relatório vai tramitar junto ao Ministério Público
Conforme informado pela assessoria de imprensa do TCU, os auditores devem finalizar os trabalhos já no final desta semana. Depois de elaborado, o relatório tramita no Tribunal junto ao Ministério Público. O próximo passo é o prazo para o contraditório e, posteriormente, o parecer de todos os órgãos prontos é enviado para a apreciação da corte.
Conforme o vereador Edgar Preis, na época em que a denúncia foi levantada, havia uma desconfiança de que a diferença dos gastos com combustível de 2005 à gestão posterior chegava a 1.000%.
"É um absurdo. O Tribunal de Contas certamente vai analisar essa situação e confirmar a nossa denúncia", disse Preis. A comparação foi feita com os gastos da época do então prefeito, Genésio Spillere. "Tínhamos suspeitas de superfaturamento e encaminhamos ao Tribunal, agora eles estão conferindo os documentos. A comparação se refere aos gastos da gestão passada e da atual", disse o vereador De Mattia.
Frigo aponta aumento da frota e de trabalho
O prefeito da cidade, Rogério Frigo, confirmou a auditoria, mas assegurou estar tranquilo sobre esta situação. "Aumentou o combustível porque aumentaram os trabalhos e a frota. Em 2005 gastei menos que o meu antecessor, mas a frota aumentou em mais de 1.000%", afiançou Frigo.
Ele também opinou que o atual vereador de situação, Ronconi, que também assinou o processo em 2010, certamente está arrependido da ação. "Hoje ele está arrependido porque sabe que foi um ato político", disse. O vereador do PT admite que assinou por apoio à bancada de oposição. "Se fosse hoje, eu iria analisar melhor", garante.
A Tribuna