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Consórcio que vai construir ponte em Laguna implanta canteiro de obras para 650 trabalhadores

Camargo Corrêa lidera grupo que tem prazo de três anos para terminar a obra

Acostumados com as lides do mar, os moradores de Laguna se inspiram quando são perguntados sobre como vai a obra da ponte sobre o Canal de Laranjeiras."De vento em popa", responde o comerciante Antônio Carlos Borges, em seu comércio privilegiadamente instalado na frente do canteiro de obras do consórcio responsável pela construção.

Borges orgulha-se da ponte que ganhou o nome da heroína Anita Garibaldi e que será o principal cartão postal da cidade. Mas também conta com os ganhos que a instalação do maior canteiro de obras da duplicação vai trazer.

O canteiro fica na margem direita da SC-436, que leva ao centro da cidade. A área tem 11 hectares, sendo um de preservação de mata, no bairro Mato Alto, e equivale a 14 campos de futebol. Esporte que é contemplado no projeto, que inclui um campo e uma quadra poliesportiva.

Ainda em construção, o espaço tem potencial para abrigar cerca de 650 trabalhadores, que chegarão a 1,5 mil no auge do empreendimento. A maioria dos contratados chega de outras cidades e estados brasileiros.

A ponte Anita Garibaldi, após concluída, deverá ser a terceira maior do país. Também é apontada como a mais bonita, só comparada a sobre o Rio Negro, em Manaus, no mesmo estilo estaiada. A previsão inicial do consórcio liderado pela Camargo Corrêa é de 36 meses para a conclusão. As fases da obra incluem fundação, construção de pilares, colocação de mastros e acabamento.

Quem passa pela ponte atual, sobre a BR-101, percebe a movimentação de trabalhadores embarcados nas sondagens para a escavação das futuras estações. Por terra, também se sentem os primeiros reflexos. Usuários devem atentar a movimentação de equipamentos e trabalhadores envolvidos no desvio, no bairro Cabeçuda.

São cerca de 700 metros de extensão. Nos finais de tardes e feriados, o trânsito fica lento e no feriado de 7 de Setembro houve engarrafamento:

— Temos que conviver com isso. A obra não para mesmo nos finais de semana é impossível não dificultar — sugere Avani Aguiar de Sá, superintendente sul do Dnit em Santa Catarina.

Para o Dnit, que reconhece a obra dentro do cronograma, a preocupação maior é com a chegada do verão. Até lá, a movimentação no local será bem maior. A estimativa é de que 30 balsas com rebocadores estejam operando. Para agilizar o serviço, será montado até um restaurante flutuante.

Diário Catarinense

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