Os profissionais aderiram à paralisação nacional, em homenagem às mortes de três conselheiros, que ocorreram em Pernambuco
Os conselheiros Tutelares da região dos municípios da Amrec, estiveram durante a tarde desta quinta-feira (12) na Praça Nereu Ramos reunidos em uma manifestação pedindo por mais autonomia, e protestando contra as precárias condições de trabalho. Os profissionais aderiram a paralização nacional, em homenagem às mortes de três conselheiros, que ocorreram em Pernambuco.
Conforme a presidente dos Conselheiros Tutelares dos 12 municípios da Região Carbonífera e conselheira em Criciúma, Graziela Damasceno Gabriel, os assassinatos ocorreram devido um conflito entre duas famílias que disputavam a guarda de uma criança, quando os conselheiros foram buscar a criança para uma das partes, durante o caminho foram mortos juntamente com a avó que iria ficar com a guarda.
Este é apenas um dos diversos casos, em que, de acordo com Graziela, os conselheiros atuam colocando a vida em risco, e muitas vezes fazendo o trabalho que não é obrigação. "É uma oportunidade de chamarmos a atenção do poder público, judiciário de Ministério Público, quanto às nossas condições de trabalho. Buscamos o respeito e a autonomia do conselheiro, que está no Artigo 136, do Estatuto da Criança e do Adolescente", diz.
Segundo ela, na região é muito comum os conselheiros serem vítimas de abuso de poder de outros órgãos, no entanto, a manifestação também salienta a autonomia do Conselho Tutelar. "Há situações em que o conselho é obrigado a atuar em atos infracionais, por exemplo, quando há tráfico de drogas, e isso não é o nosso papel. O Conselho Tutelar é um órgão de proteção, ele fiscaliza a proteção para garantir os direitos fundamentais da população infanto-juvenil", explica a conselheira.
Conforme o Portal Engeplus, atuam 65 conselheiros em todos os municípios da Amrec.
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