A Conferência Nacional da Educação (CONAE) é um importante evento que reúne representantes de diversos setores ligados à educação para debater políticas, diretrizes e desafios educacionais no Brasil, visando promover reflexões, diálogos e proposições que possam contribuir para a melhoria da qualidade da educação no país, buscando a participação democrática e a construção coletiva de soluções para os problemas educacionais.
Teoricamente, essa conferência é o resultado de debates e estudos sobre a real situação da educação no país, nos níveis municipal, estadual e federal, que servirá de base para o Plano Nacional de Educação (PNE), documento que estabelece as diretrizes da educação pelos próximos 10 anos. No entanto, não o foi.
O documento que regerá a educação brasileira no decênio 2024- 2034, que será encaminhado para aprovação do congresso, é a maior aberração, uma afronta às famílias brasileiras, que deixarão seus filhos à mercê de uma ideologia comunista, com plano de educação discutido com entidades que nada têm a ver com educação: Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travesti, Transexuais e Intersexos (ABGLT), Movimentos de Afirmação da Diversidade, estão entre eles. Representantes de comunidades cientificas são minoria. Será o fim da educação no Brasil, a falência da família, da sociedade, da economia, dos valores que fundamentam uma sociedade civilizada. Será o empobrecimento do povo, da cultura, da civilidade. A escola será uma fábrica de analfabetos funcionais.
O documento promove o avanço da diversidade de gênero nas escolas, retira políticas ultraconservadoras como educação domiciliar, escolas cívico-militares, movimentos de Escola Sem Partido e ao agronegócio. O foco não é o aprendizado e sim a implantação de ideias que vão de encontro aos princípios conservadores da família, responsável pela formação da base social. Em resumo, o Estado toma para si o controle da educação de nossas crianças e adolescentes, esquecendo que à escola cabe o ensino, e à família, a educação. Estamos de mal a pior; a resistência aos princípios morais e éticos cresce a cada dia em todas as áreas da vida humana. Estamos a caminho de uma educação doutrinadora que leva ao emburrecimento metódico das novas gerações.
É de conhecimento de todos que a nota geral do Brasil está entre as mais baixas do mundo nas três áreas avaliadas: leitura, matemática e ciências. Os últimos resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Aluno), divulgados em janeiro, mostram o Brasil na 57ª colocação em leitura. A preocupação do CONAE deveria ser: como garantir aos alunos uma aprendizagem de qualidade na área das Linguagens, Ciências, Humanas e Matemática. Nossas crianças, adolescentes e jovens precisam se apropriar de conhecimentos científicos e humanos produzidos historicamente pela sociedade para que estejam preparados para suas escolhas de vida.
O Plano Nacional de Educação será pautado em 7 eixos, mas nenhum versa sobre mudanças para a qualidade de ensino; todos com viés ideológico e eleitoreiro, objetivando a idiotização em massa, pois quando mais ignorante o povo, mais fácil a dominação.
Diante do exposto, resta-nos uma tênue esperança: que o congresso seja fiel às expectativas do povo e evite essa tragédia na educação, valendo-se do princípio: “ o PNE tem que ser uma política de Estado e não ideológica”.