Uma comunidade de Cocal do Sul, no Sul catarinense, fez uma passeata na manhã deste sábado (13) pedindo justiça no caso em que uma família inteira foi atropelada por uma motorista que não prestou socorro. O acidente foi no dia 5 de junho. Um criança de 1 ano e 8 meses segue internada, com várias fraturas, traumatismo craniano e um coágulo no pulmão.
Para a Polícia Civil, ainda não está claro quem conduzia o veículo no dia do acidente. Mãe, pai e as três crianças estavam no acostamento quando foram atingidas, em uma rua do rua do bairro Jardim Elisabeth. Apesar do carro ter sido identificado, a proprietária alegou não estar dirigindo no momento do acidente.
"Nós precisamos fazer uma acareação entre as duas pessoas, entre a proprietária do veículo e a suposta condutora que ela indicou e ver quem realmente está falando a verdade. Também com base em outros depoimentos, vamos verificar as pessoas que estavam no bar onde elas, para ver quem é que saiu do bar dirigindo", disse o delegado Evandro Carlos Rodrigues.
Centenas de pessoas participaram da mobilização. As crianças fizeram a frente da passeata, que percorreu as ruas da cidade e encerrou na praça da igreja matriz. A mãe, de 34 anos, faturou o fêmur e não participou da passeata. O pai acompanha o filho Rafael, de 1 ano e 8 meses, no Hospital Joana de Gusmão, em Florianópolis.
A menina Caroline Moura da Silva, 16 anos, conta como escapou do acidente e ajudou a irmã. "A mulher vinha vindo devagar, no acostamento, daí de repente, aquela mulher tacou o carro por cima de nós e pegou todo mundo. Nós gritamos e pulamos para o lado. Eu consegui jogar minha irmã para o muro", diz.
O tio das crianças, Igor Moura, afirma que o menino está melhor, mas clama por uma resolução, principalmente pela suposição que o motorista estivesse embriagado. "Se a pessoa sai para beber ela tá assumindo que não vai poder dirigir. Se dirige, ela assume esse risco. O menino está melhor, mais poderia não estar", conclui.
Com informações do site G1 SC