Educação

Comunidade estudantil organiza ato em defesa da Escola Estadual de Araranguá

O objetivo é fazer uma passeata em defesa da reforma da Escola de Educação Básica de Araranguá, o conhecido Estadual, que fica localizado no Centro da cidade

Direção, corpo docente, grêmio estudantil e aproximadamente 700 alunos se reuniram no teatro Célia Belizária de Souza, na manhã desta quinta-feira (12). O objetivo foi o de planejar um ato em defesa da reforma da Escola de Educação Básica de Araranguá – E.E.B.A., o conhecido Estadual, que fica localizado no Centro da cidade.

Conforme a diretora, Luciana Costa, com a interdição da Escola Maria Garcia Pessi, surgiu boatos que a verba destinada para a reforma do Estadual, estaria sendo repassada para a conclusão das obras do Maria.

A verba, cerca de R$ 7 milhões, conforme Luciana, está garantida ao Estadual desde 2012, pelo Pacto por Santa Catarina, realizado pelo governo do Estado. “No entanto, essa verba não é estadual, ela veio através do governo Federal”, disse. “E o que impediu até agora da reforma sair, foi questões burocráticas, que já foram superadas. O projeto da reforma já está pronto e aprovado, faltando apenas o governo abrir licitação”, recordou a diretora.

Pegos de surpresa com a notícia, a escola afirma se solidarizar com o momento pelo qual passa o Maria Garcia Pessi “Mas não aceitamos que simplesmente transfiram nossa verba. Pois a conclusão do Maria é de responsabilidade do Estado. E assim como eles precisam da reforma, nós também precisamos”, pontuou Luciana.

De acordo com o presidente do conselho deliberativo do Estadual, Geison Euzébio, se o Estado não utilizar a verba Federal, para o seu devido fim, ele estará cometendo um delito previsto em Lei: o de desvio de verba. “Se uma verba sai do governo Federal para certa obra, esta mesma verba não pode ser utilizada para outro fim, isso se configura desvio”, lembrou.

O ato

A passeata está organizada para ocorrer às 8h desta sexta-feira (13). Ela começará em frente ao Estadual, na Avenida Getúlio Vargas, passando pela frente do fórum, dando a volta pelo Calçadão e terminando em frente ao colégio. “A comunidade do Estadual precisa se manifestar”, conclamou Euzébio aos alunos.

Fachada bonita, salas em ruínas

Após a reunião no Célia Belizária, a imprensa foi autorizada a visitar as dependências do colégio. Uma estrutura abandonada, com pisos e tacos arrancados por toda parte, buracos no teto, e muitas infiltrações, foi o registro feito pelos jornalistas. “Com as chuvas dessa semana, teve uma sala que tiraram 40 baldes de água”, informou o estudante Eduardo Souza, sobre as infiltrações.

“Quem passa pela frente do colégio, e vê a fachada, sequer imagina qual é a verdadeira realidade da escola”, ponderou frustrada a estudante do Magistério, Daniela Rocha, 37 anos.

[soliloquy id=”114007″]