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No mês em que comemoramos o Dia Mundial da Água, lideranças da comunidade do entorno da Lagoa do Caverá voltaram a chamar a atenção das autoridades regionais e do estado acerca da falta de um projeto de contenção das águas que correm pelo canal DNOS e baixando cada dia mais os níveis do lençol freático, causando prejuízos aos agricultores dos quatro municípios banhados pela lagoa, Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota e Sombrio. Nesta semana os moradores receberam a reportagem de uma rede de televisão estadual para falar do problema que se arrasta há décadas.
O líder comunitário José Gonçalves Elias e Maria de Fátima Dias Luz, se manifestaram, pedindo providencias urgentes da FATMA, para liberar o estudo ambiental ou o licenciamento, “para que tenhamos a lagoa com um nível de 1.5 metros de lâmina d’água e com isso melhorar o lençol freático”, disseram.
O governo do município de Araranguá esteve representado no ato pelo secretário interino da Agricultura Leandro Gonçalves e o Engenheiro Agrônomo Zaqueu de Fáveri Cristiano, que levaram a mensagem do prefeito Sandro Maciel de que o Município tem interesse na recuperação da lagoa de água doce pois sabe de sua importância para os agricultores e comunidades que dela dependem e que a prefeitura está a disposição no que for preciso para recuperar o manancial. “Essa lagoa é o último refúgio e no seu nível normal, poderia abastecer boa parte dos municípios do Vale do Araranguá. Defendemos o licenciamento ambiental para uma barragem com contenção para recuperar seu nível”, disse o agrônomo.
MP cobra posição da FATMA e DEINFRA
O fato mais recente sobre a luta dos moradores para recuperar a Lagoa do Caverá foi promovido pelo Ministério Público de Araranguá, através do Promotor Henrique Laus Aieta, que esteve reunido no dia 26 de fevereiro deste ano no Centro de Apoio Operacional do meio Ambiente. Nesta reunião, com o objetivo de buscar um entendimento entre os órgãos do governo, acerca do licenciamento ambiental da obra proposta, com o intuito de recuperar o nível d’água da Lagoa do Caverá.
De acordo com a Certidão emitida pelo Promotor, a FATMA, se comprometeu em realizar a avaliação técnica do estudo ambiental, aduzindo que precisaria de aproximadamente 60 dias a partir da reunião para concluí-lo, em face da sua complexidade e da necessidade de remanejamento de técnicos.