Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Com o aumento do uso da internet por adolescentes, o compartilhamento de fotos íntimas se tornou um perigo para muitos jovens que não medem os riscos dessa ferramenta. Para se ter uma ideia, no Brasil, houve um aumento de 120% em relação a 2013 de denúncias do crime. Em Tubarão, a situação também se assemelha.
Entre os exemplos mais comuns e que fazem mais vítimas está o sexting, ou seja, a divulgação de mensagens, fotos ou gravações de conteúdo erótico ou sensual por meio eletrônico, principalmente celulares. De acordo com a delegada responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Tubarão, Vivian Selig, a orientação é que, sendo jovem ou adulto, jamais se deixar filmar ou fotografar em cenas pornográficas ou de sexo explícito. “Essa é a nossa orientação”, destaca a delegada.
Ainda conforme a delegada, em Tubarão, houve registro de casos envolvendo tanto adolescentes quanto mulheres nos crimes que abrangem a divulgação de fotos/vídeos de cunho pornográfico ou de sexo explícito. “Caso o fato ocorra, é importante denunciar os sites envolvidos, os quais retirarão o material do ar. Por fim, efetuar o boletim de ocorrência com a prova do fato”, aconselha Vivian.
Entre as fotos expostas, compartilhadas na maioria das vezes através do aplicativo WhatsApp, estão imagens de adolescentes. “Verifica-se que o adolescente sente a necessidade de se autoafirmar e, muitas vezes, tem certas condutas sem pensar nas consequências”, detalha a delegada. Ela confirma que, neste ano, os casos estão bastante divididos: há adolescentes, mas também há mulheres.
As denúncias de violações podem ser feitas na delegacia especializada, como também podem ser feitas pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100) e pelo aplicativo Proteja Brasil, que pode ser utilizado em tablets e smartphones e mostra onde encontrar serviços de proteção integral dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Com informações do jornal Diário do Sul