A decisão foi tomada com base no nível da lâmina d’água.
Depois de duas horas de reunião, o comitê formado por representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, dos pescadores, dos empresários, dos esportistas e do poder público, ficou decido que a Barra de Ibiraquera permanecerá fechada.
A decisão foi tomada com base no nível da lâmina d’água. Ao contrário do que havia sido divulgado nas redes sociais, o manancial ainda não atingiu o limite mínimo permitido para a abertura. Segundo o Analista Ambiental do ICMBIO, Ronaldo Costa, a régua que delimita esse nível foi modificada de forma fraudulenta.
“A régua foi adulterada. Foi martelada para enterrar e simular o atingimento do ponto A (termo técnico que autoriza a abertura da barra). O caso foi comprovado por outros referenciais de nível e, ao mesmo tempo, denunciado. Lavramos um Boletim de Ocorrência por dano ao patrimônio público e a Polícia Federal investigará a autoria, pelo dano e pela tentativa de fraude”, informou Ronaldo Costa.
A decisão do comitê foi unânime. Nenhum dos representantes se opôs a não abertura da barra. “Sabe-se que os critérios não foram atingidos. O ICMBIO nos trouxe a informação que essa régua foi vandalizada. Por conta disso, cabe ao poder público acatar a decisão”, disse o Secretário do Meio Ambiente, Paulo Márcio de Souza.
Segundo o Prefeito de Imbituba, Rosenvaldo da Silva Júnior, a possibilidade da abertura da Barra de Ibiraquera voltará a ser debatida assim que o nível da água atingir o ponto A. “Nesse momento, o poder público respeita a decisão do comitê que optou pela não abertura da barra”, ratificou o prefeito.
Colaboração: Comunicação Prefeitura de Braço do Norte