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Comin volta a defender carvão mineral na matriz energética do país

O assunto veio a tona devido a severa estiagem pela qual passa o Estado de SC

O Deputado Estadual Valmir Comin (PP), presidente da Frente Parlamentar Catarinense do Carvão, voltou a defender na tribuna da Assembleia Legislativa a inclusão do carvão mineral na matriz energética do país. O assunto veio a tona devido a severa estiagem pela qual passa o Estado de Santa Catarina e as possibilidades de falta de energia em pouco tempo. Para Comin, o carvão é uma energia firme, que pode entrar no sistema a qualquer momento desde que a mina e a usina estejam operando mesmo em curso mínimo.

De acordo com o parlamentar, grandes investimentos, como a Usitesc, estão sendo propostos para a região, mas tudo depende de como o Governo Federal irá conduzir o processo. “Considero como de extrema relevância e importância a matriz energética do carvão, a participação do carvão mineral no sistema integrado nacional, onde temos, entre os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, uma monta já auferida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral de mais de 32 bilhões de toneladas”, explica Comin.

De acordo como presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABSM), Luiz Fernando Zancan, o sul do estado possui um potencial enorme de investimentos e também de reservas. “Há o parque atual, que são as mineradoras e a Tractebel, e existe uma possibilidade de instalação. Um exemplo é o projeto Usitesc, que está com o licenciamento e depende apenas de uma política de carvão”, relata Zancan.

O carvão mineral, apesar de não haver pesquisas geológicas, por 25 anos ainda é a maior fonte fóssil do Brasil. Tem 3,5% energia a mais de carvão do que o petróleo com recursos virtualmente intocados. “Entendemos que para fazer esse resgate de energia tão importante para a sociedade brasileira todas as fontes são necessárias, principalmente as fontes térmicas, onde se inclui o carvão, o gáse a energia nuclear”, diz.

A maior insegurança no setor no momento é quanto a participação dos leilões da Eletrobrás, já que os Estados do Sul ficaram de fora do A-5, no ano passado. “A mobilização agora é para que este ano o carvão mineral seja incluído no novo leilão que ocorrerá em agosto, mas ainda sem data definida”, antecipa Comin.

Segundo estudo da Petrobras feito pelo químico Eduardo Falabela Souza Aguiar, o carvão existente no subsolo gaúcho, catarinense e paranaense dá para produzir 322 mil barris de petróleo 4A, que hoje é importado da Nigéria. Isso representa um terço do consumo da produção de combustível do país e por essa razão o deputado defende a inserção do carvão na matriz energética do país.