Criado em 30 de dezembro de 1924, o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) foi um órgão do governo brasileiro instituído durante a chamada República Nova, com o intuito de combater manifestos contrários ao governo e implantar a disciplina e a ordem militar no país, mesmo que isso necessitasse de repressão.
Cada estado da nação abrigava uma unidade do DOPS, as quais eram subdivididas em secções. Cada secção era responsável por funções específicas em relação à segurança do Estado. A prática do comunismo, o sindicalismo, movimentos civis ou propagandas contrárias ao governo eram vistas como ameaças de cunho social, enquanto práticas como espionagem internacional e o movimento integralista, fundado pelo jornalista Plínio Salgado, eram tidas como ameaças de cunho político.
No ano de 1938, a delegacia passou a ser dividida em duas: uma responsável pela ordem política e outra pela ordem social. Durante a época do regime militar (1964 – 1985), o DOPS foi responsável por verificar a fabricação, entrada e saída de produtos no país, bem como censurar os meios de comunicação com base na divisão de censura. Para reprimir aqueles que se manifestassem contra o regime, usavam sem misericórdia práticas de tortura, prisões e, em alguns casos, até mesmo execuções.
O DOPS foi oficialmente extinto no dia 4 de março de 1983 e seus documentos e arquivos ficaram sob a responsabilidade da Polícia Federal até o ano de 1992. Atualmente, o órgão que investiga infrações contra a ordem política e social do país, previstas na Constituição brasileira de 1988, é o Departamento de Polícia Federal (DPF). O DOPS deixou marcas profundas na história brasileira, usando suas técnicas para impor respeito e para que não houvesse manifestações contrárias ao governo da época.
Fonte consultada:
WIKIPÉDIA. Departamento de Ordem Política e Social. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Departamento_de_Ordem_Política_e_Social Acesso em 30 dez. 2024.