Ocupação de leitos de UTI chega a 92% nesta terça-feira (20), um dia após Estado decretar situação de emergência em saúde
A lotação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em Santa Catarina ultrapassa os 92% de ocupação nesta quarta-feira (20), um dia após o governo estadual decretar situação de emergência em saúde. Mesmo assim, a 10 dias do fim da campanha da gripe, o Estado vacinou apenas 56% do público-alvo.
O número de gestantes vacinadas chega a 47,6%, enquanto os povos indígenas a 37,2%. A cidade que mais vacinou é Florianópolis, que atingiu mais de 112 mil pessoas imunizadas contra influenza.
A chegada do inverno nesta quarta (21) preocupa, já que a elevada taxa de lotação ocorre por conta do aumento de pacientes com doenças respiratórias.
Segundo a infectologista Renata Zommer, o frio impacta nas doenças respiratórias, pois as baixas temperaturas fazem com que as pessoas fiquem mais em ambientes fechados.
“Esses vírus são transmitidos por gotículas e contato. Ficamos mais juntos, então há mais transmissão. É preciso se manter em ambientes mais arejados”, explica.
A médica aponta ainda a necessidade de higienização das mãos com água e sabão ou álcool 70%. É preciso ainda que pessoas que estão gripadas, se puderem, se ausentem dos seus compromissos.
De acordo com a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), há tendência de crescimento de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) de 75% na tendência a longo prazo no Meio Oeste e Serra Catarinens, e no Grande Oeste.
Em curto prazo, apenas o Grande Oeste apresenta probabilidade de crescimento.
Importância da vacinação para público-alvo
A campanha teve início no dia 10 de abril somente para a população dos grupos prioritários, mas desde o dia 12 de maio a dose fiu liberada para toda a população a partir dos seis meses de idade.
A gerente de doenças infecciosas agudas e imunização da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), Arieli Schiessl Fialho, lembra que, apesar da dose estar disponível para todos, é importante que a população dos grupos prioritários como idosos, crianças, gestantes, pessoas com comorbidades, que são as pessoas mais vulneráveis à doença, garantam a sua dose.
“É justamente por causa do grande número de óbitos envolvendo pessoas dos grupos prioritários que insistimos tanto na vacinação desse público e optamos pela prorrogação da Campanha. O papel da vacina é impedir o agravamento da doença e, consequentemente, evitar hospitalizações e mortes”, aponta.
“Então, mais uma vez, fica o nosso apelo para que o público-alvo se vacine, aproveite mais essa oportunidade, para que os pais levem os filhos para tomar a dose, porque a nossa cobertura ainda está baixa”, destaca a gerente de imunização.
Com informações do ND+