A obra custou aproximadamente R$ 1,6 milhão
A situação da rodovia Tranqüilo Sartor voltou a ser tema de debate na Câmara de Vereadores de Morro da Fumaça. Depois do pedido do vereador Miguel Zaccaron Darolt (PSD), convocando a empresa responsável pela obra, os integrantes da bancada Unidade Popular (PMDB/PT), aliados ao presidente da Casa, Ademar Bertan (PSDB), solicitam informações sobre a via, pavimentada há cerca de dois anos.
Entre os pedidos está o valor total da obra, cópia do projeto técnico, do contrato com a empresa e do processo licitatório. O principal motivo, segundo o vereador Renato Zaccaron (PMDB), é a situação em que o asfalto se encontra. “Não podemos aceitar que uma pavimentação com tão pouco tempo de uso esteja naquele estado. O pedido é para que tenhamos subsídios para cobrar da empresa as medidas cabíveis”, salientou.
Concluída na administração passada, a obra, que custou aproximadamente R$ 1,6 milhão, tem o alto valor questionado pelos vereadores, já que foi pavimentado pouco mais de um quilômetro. “A empresa tem que dar explicações, afinal, é dinheiro público que tem a obrigação de ser bem aplicado”, ressaltou o vereador Raimundo Marques, o Mundi (PMDB).
Preocupação com segundo trecho
A rodovia, que liga o Centro da cidade à localidade de Linha Torrens, é uma reivindicação antiga da comunidade. Pelo local trafegam diariamente dezenas de caminhões que transportam saibro para outros municípios, além de centenas de outros veículos.
Outra preocupação dos autores do pedido de informação está relacionada ao segundo trecho da via, já que a mesma empresa está executando a obra. “Precisamos ficar atentos a esta nova etapa para que o mesmo não aconteça. Foi investido muito dinheiro e precisamos tomar providências”, enfatizou a vereadora Maria Bortolin (PT).
Para o presidente do Legislativo, Ademar Bertan, é inadmissível que um asfalto com tão pouco tempo de uso esteja na situação que se encontra a rodovia Tranqüilo Sartor. “Não podemos aceitar isso. Antes a comunidade sofria por causa da poeira e da lama, agora sofre pelo péssimo estado do asfalto”, concluiu.
Obra ainda está sendo paga
Para conseguir realizar o trabalho de pavimentação asfáltica do local, a administração anterior precisou de um financiamento, que segundo o vereador Miguel, ainda está sendo pago. “Mensalmente a prefeitura paga uma parcela de R$ 70 mil”, revelou.
Renato Zaccaron lembra que na época os vereadores José Carlos Bortolin e Joaquim Cizeski alertaram sobre a forma que a obra era encaminhada. “Eles falaram que poderia trazer problemas, mas ninguém lhes deu ouvido. Eu conheço o local e sei que o terreno precisava ser bem preparado antes da execução dos trabalhos”, falou.
O vereador José Carlos Bortolin (PMDB) relembra o fato. “Na época, cobramos da empresa e do município, e nada foi feito. Agora estamos sofrendo com os problemas”, ressaltou.
Com informações de Marciano Bortolin