Saúde

Com 28 casos de óbitos por influenza, SC registra baixa procura por vacinas

Campanha de vacinação contra gripe e sarampo termina no dia 3 de junho e nem metade da cobertura vacinal ideal foi atingida

Foto: Cristiano Andujar/PMF

A baixa cobertura vacinal em Santa Catarina somada aos números já registrados de óbitos no Estado têm preocupado as autoridades. Diante do cenário, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES) divulgou nesta quarta-feira (10) um novo boletim epidemiológico da influenza.

O documento apresentava 28 óbitos pela doença. Apenas um dia depois, (11), a SES divulgou que a cobertura vacinal contra gripe e sarampo está muito longe do desejado.

Conforme o boletim influenza n° 08/2022 da DIVE/SC (Diretoria de Vigilância em Saúde de Santa Catarina) até o dia 07/05/2022, já eram 157 casos notificados de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por Influenza.

Os 28 óbitos ocorreram em indivíduos nas faixas etárias de menor/igual de 1 ano (3,6%), de 40 a 49 anos (3,6%), de 50 a 59 anos (10,7%), de 60 a 69 anos (7,1%), de 70 a 79 anos (28,6%) e acima de 80 anos (43,0%).

No período entre 26/12/2021 a 07/05/2022, as unidades sentinelas do estado coletaram 845 amostras de casos de síndrome gripal. Destas, 68 apresentaram resultado positivo para influenza, sendo 49 casos influenza A/H3 Sazonal, 14 casos de influenza A não subtipado e cinco casos influenza A.

Baixa procura vacinal preocupa autoridades

A campanha de vacinação termina no dia 3 de junho e as metas são de 90% para gripe e 95% para sarampo. A cobertura vacinal para a campanha de vacinação contra a gripe está em 35%. Entre as crianças de 6 meses a menores de 5 anos a situação preocupa. Deste público, apenas 17,6% foram vacinadas; entre os professores, a cobertura está em 11,5%; e entre as gestantes, apenas 10,7%.

A cobertura vacinal de sarampo também registra um número muito abaixo do esperado. Apenas 22,9% do público se vacinou. Entre as crianças de 6 meses a menores de 5 anos o número é de 16% e nos trabalhadores da saúde 37%.

Arieli Fialho, gerente de imunização da DIVE, reforçou a importância da vacinação. “Insistimos tanto na vacinação porque essa é a melhor forma que temos de evitar o adoecimento, no caso do sarampo, e evitar complicações e, até mesmo mortes, no caso da gripe. Para as pessoas dos grupos prioritários, as vacinas são oferecidas gratuitamente nos postos de saúde de todo o estado e elas são seguras e eficazes. Então, contamos com a população para alcançar as metas de vacinação”, finaliza a profissional.

Quem pode vacinar contra a gripe

No caso da gripe, podem ser vacinadas todas aquelas pessoas que fazem parte de um dos grupos prioritários:

Idosos com 60 anos ou mais;

Trabalhadores da saúde;

Crianças de 6 meses a menores de 5 anos;

Gestantes e puérperas (mães até 45 dias após o parto);

Indígenas;

Professores;

Pessoas com comorbidades;

Pessoas com deficiência permanente;

Caminhoneiros;

Trabalhadores do transporte coletivo;

Trabalhadores portuários;

Forças de segurança, salvamento e forças Armadas;

Funcionários do sistema prisional;

População privada de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas.

Na Campanha de Vacinação contra a gripe está sendo utilizada a vacina contra influenza trivalente, que protege contra três subtipos de vírus influenza: A(H1N1), A(H3N2) e B.

Quem pode vacinar contra o sarampo

Podem ser vacinados contra o sarampo os trabalhadores da saúde e as crianças de 6 meses a menores de 5 anos. A vacinação para este público é indiscriminada, ou seja, mesmo que o esquema vacinal esteja completo, a pessoa deve receber uma dose da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.

Com informações do ND+

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