Poder Executivo

Colombo fala em equilibrar finanças

Foto: Divulgação / DS

Foto: Divulgação / DS

O governador Raimundo Colombo falou ontem em coletiva de imprensa sobre a renegociação da dívida dos Estados com a União, acertada na segunda-feira e que pode representar uma economia de R$ 2,1 bilhões para Santa Catarina. O recurso, de acordo com Colombo, permitirá equilibrar as contas do Estado e projetar um ano de 2017 um pouco mais otimista. Ele também falou em investimento “significativo” na saúde.

“Esse recurso vai servir pra gente equilibrar bem a nossa situação. Vamos continuar cortando, vamos continuar controlando, mas tem algumas coisas que nós só vamos conseguir fazer exatamente porque tem o dinheiro, que é fazer um aporte significativo na saúde”, afirmou o governador de Santa Catarina.

O governador, porém, não deu detalhes de como será feito o investimento, nem qual o valor desse aporte.

Colombo também disse que, caso a renegociação não fosse acertada, o Estado provavelmente não conseguiria fechar as contas deste ano. Com essa nova situação, o governo conseguirá pelo menos cumprir as obrigações.

“Nós vamos conseguir manter todos os serviços. Com essa negociação, nós conseguimos fechar bem o ano e ter um horizonte melhor para 2017”, afirmou. “Essa vitória nos assegura uma coisa que é essencial, não aumentar impostos e não aumentar taxas”, complementou.

Raimundo Colombo comentou por alto a situação dos outros Estados brasileiros, que também serão beneficiados com a renegociação. Ele classificou a situação econômica de todos eles como “dramática”. O governador disse ainda que o momento é pessimista, que não há “nenhum indicador positivo” e que o cenário de crise “não vai se alterar a curto prazo”.

Acordo garante que obras prossigam

O secretário de desenvolvimento regional de Tubarão, Nilton de Campos, falou sobre a vitória na renegociação da dívida com a União. De acordo com ele, o acerto vai garantir que obras que já estão em andamento na região não sejam paralisadas, o que poderia acontecer caso a dívida não tivesse sido renegociada.

“Estamos felizes com essa conquista. A renegociação vai dar um fôlego financeiro ao governo e evitar desequilíbrio, o que garante o andamento das obras que já estão sendo executadas, como a da rodovia Ivane Fretta”, afirmou Nilton de Campos.

A respeito de novos investimentos, o secretário avaliou que o novo cenário abre novas possibilidades para obras que estão à espera de recursos, como a da ponte de Congonhas.

Entenda

A dívida de Santa Catarina com a União está atualmente em cerca de R$ 9 bilhões, com parcelas mensais de R$ 90 milhões. O acerto de renegociação, feito entre os governadores e o presidente interino Michel Temer, permitirá que o governo estadual tenha carência nas parcelas até dezembro, ou seja, não precisará pagar nada até o fim do ano.

A partir de janeiro o Estado começará a pagar com uma escala que vai diminuindo o desconto em 5,5% a cada mês. O prazo para pagamento foi alongado em 20 anos e as três parcelas que não foram pagas por causa das liminares do Supremo Tribunal Federal – STF serão quitadas em 24 vezes. Com essa negociação, a economia projetada é de R$ 2,1 bilhões até 2018.