O espaço completa 14 anos esse mês, com mais de 10mil seções de terapia realizadas, atendendo mais de mil pessoas.
Neste mês de março, o Núcleo de Práticas Psicológicas do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave) está completando 14 anos de funcionamento. Dentre as atividades do Núcleo, destaca-se a Clínica de Psicologia, onde os acadêmicos do Curso iniciam a prática clínica, atendendo a comunidade de forma gratuita. São mais de mil pessoas atendidas ao longo desses 14 anos, em mais de 10 mil sessões. Só no ano passado, foram 57 pessoas atendidas, o que corresponde a 522 consultas psicológicas. A capacidade de atendimento da clínica, por semestre, depende da quantidade de acadêmicos em estágio. Neste atual semestre, serão 14 estudantes atuando no espaço.
Primeira turma do curso visita a Clínica pela primeira vez
Para a professora e orientadora da Clínica, a psicóloga Maria Eduarda Pacheco, a Duda, o espaço tem um papel importante, já que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem papel fundamental, mas não comporta a demanda necessária. “A Clínica é uma porta importante para que as pessoas possam ter acesso ao atendimento psicológico, gratuitamente”, afirma a professora.
Assim como o Sistema de Saúde, o Sistema de Educação também não dá conta de acompanhar todas as crianças que precisam de psicoterapia. “A própria comunidade acadêmica precisa desse suporte. Muitos alunos de outros cursos (do Unibave) também recebem o suporte”, informa a Duda.
O coordenador do Núcleo de Práticas Psicológicas, Roque Antônio Romagna, diz que os números não retratam exatamente os resultados da clínica. “Os atendimentos não têm preço, têm valor”, declara Roque, já que os resultados são humanos e não matemáticos.
A coordenadora do curso de Psicologia, Vandreça Vigarani Durigon, concorda com Roque, dizendo que os benefícios das atividades desenvolvidas no Núcleo são imensuráveis. “A cada ano ampliou-se o público atendido, justamente porque as pessoas têm cada vez mais consciência da importância de cuidar da sua saúde mental”, analisa Vandreça. Para ela, o curso de Psicologia, com a Clínica e demais atividades de estágio, pesquisa e extensão, têm contribuído significativamente para essa condição na sua região de inserção.
Quando o curso de Psicologia foi implantando, a atual coordenadora do curso, Vandreça Vigarani Durigon, e o hoje o coordenador do Núcleo de Práticas Psicológicas, Roque Antônio Romagna, eram acadêmicos, integrantes da primeira turma do curso e hoje ajudam a dar continuidade a este trabalho que vai completar 15 anos em 2024.
História do Curso e da Clínica
Se a professora Adriana Zommer era a coordenadora do Curso na época da Instalação do Núcleo e da Clínica, outros dois alunos, que fizeram parte da primeira turma de Pscicologia, hoje ajudam a dar continuidade a este trabalho que vai completar 15 anos em 2024: a atual coordenadora do curso, Vandreça Vigarani Durigon, e o hoje coordenador do Núcleo de Práticas Psicológicas, Roque Antônio Romagna.
“Lembro muito bem da nossa primeira visita àquele espaço e o quanto estávamos ansiosos pelos desafios que estavam por vir”, comentou Vandreça, que disse ser uma honra fazer parte da história. “Estamos hoje à frente desse projeto e cuidando para que siga sua missão a partir dos objetivos propostos pelos seus fundadores, especialmente a professora e psicóloga Adriana Zomer de Moraes”, declara.
Para os acadêmicos de Psicologia
Quem atende a comunidade são acadêmicos da 9ª e 10ª fase de Psicologia, no estágio em Saúde. “Para os acadêmicos é essencial. Aproxima-os da realidade, com casos diversos, leves e moderados. Assim, eles passam a ter noção de rede, para onde encaminhar, onde receber, o contato com as escolas e outros profissionais da equipe multiprofissional”, esclarece Duda.
Os casos graves, segundo a professora, são direcionados à rede SUS. Cada acadêmico atende de 1 a 3 pacientes por semana, numa média de 60 minutos cada atendimento. É o caso da estudante da 9ª fase Psicologia, Gisele Santos, que está iniciando o atendimento na Clínica, “o estágio será desafiador, mas seremos supervisionados por bons professores, com experiência”, pondera.
Assim como Gisele, outras duas colegas, Mariéle Eing e Erika Cargnin, estão neste momento avaliando prontuários para iniciar os atendimentos durante essa semana. “É uma responsabilidade de agir de forma positiva e apontar o melhor tratamento”, comenta Mariéle.
Atendimento
A Clínica de Psicologia do Unibave atende gratuitamente os acadêmicos e funcionários da Instituição. Já para a comunidade externa, o atendimento é restrito a comprovação de renda inferior a quatro salários-mínimos.