O animal operado na Unisul é o 12º a ser submetido ao tratamento. Dos 11 que realizaram a cirurgia, oito voltaram a andar.
Uma cirurgia inovadora e inédita em Santa Catarina foi realizada no Hospital Veterinário da Unisul. O procedimento foi realizado em um animal com cinomose, que estava há um ano sem andar, praticamente tetraplégico. A cirurgia tem o objetivo de devolver os movimentos das patas para o paciente. O animal operado na Unisul é o 12º a ser submetido ao tratamento. Dos 11 que realizaram a cirurgia, oito voltaram a andar.
O procedimento foi realizado pelo médico veterinário Magno José, de Pernambuco, idealizador da cirurgia. “A operação consiste em transplantar células tronco diretamente na lesão cerebral. Essa técnica permite uma regeneração mais eficiente do que quando utilizamos a aplicação pela veia no animal. A expectativa é que, dentro de 72 horas o paciente já apresente uma melhora no exame clínico neurológico”, comentou Magno José.
Os estudantes do curso de Medicina Veterinária da Unisul puderam acompanhar de perto o procedimento e aprender mais sobre a técnica. “Para a universidade, trazer algo tão inovador é muito importante. Os acadêmicos estão tendo contato com uma cirurgia inédita no estado e com um profissional altamente qualificado. É uma grande oportunidade”, enfatizou o professor do curso de Medicina Veterinária da Unisul, Jairo Nunes Balsini.
O futuro
Para o professor da Unisul, que foi quem diagnosticou o paciente com cinomose, a realização da cirurgia em Tubarão pode auxiliar muitos outros pacientes. “Muitos animais poderão ser beneficiados com esse procedimento. Temos que pensar não só no agora, mas também no futuro”.
Entenda a cinomose
A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa e comum na região. O combate do vírus é realizado por meio de profilaxia (vacinação), tanto quando o animal é filhote e tanto quando adulto, com a atualização das vacinas. A doença é transmitida por contato direto entre os animais e também pelo ar. A cinomose ataca o sistema nervoso central e pode trazer sequelas crônicas ao animal, como a perda da locomoção.
Colaboração: Comunicação Unisul