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Cidasc apreende agrotóxicos contrabandeados e interdita lavoura em Nova Veneza

Fiscal afirma que não se sabe malefícios que produto irregular pode causar na população. Proprietário de lavoura interditada foi multado.

Foto: Janine Limas/NSC TV

Fiscais da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) apreenderam agrotóxicos contrabandeados e interditaram uma lavoura em Nova Veneza, divulgou a companhia nesta quinta-feira (21). Eles encontraram os produtos ilegais em três propriedades do município. As informações são do G1SC.

Eles chegaram aos locais através de uma denúncia anônima. Com o apoio das polícias Federal e Ambiental, dividiram-se em cinco equipes e vistoriaram 10 propriedades.

A Cidasc suspeita que esses produtos sejam contrabandeados da Índia e China e entrem no Brasil pelas fronteiras do Uruguai e Paraguai. Em Santa Catarina, são vendidos diretamente aos agricultores, sem nenhum controle. Esses agrotóxicos contrabandeados custam menos do que os nacionais vendidos nas agropecuárias e que têm registro e controle de qualidade.

Apreensões e interdição

Em uma das propriedades, foram apreendidos fungicidas e 25 pacotes de herbicida. É agrotóxico suficiente pra aplicar em 150 hectares de arroz. Todos foram fabricados no exterior, não passaram pelo controle ambiental e não têm registro no Ministério da Agricultura.

“Agrotóxico sem registro não tem assistência técnica, é vendido sem receituário agronômico, sem nota fiscal e a gente não sabe os malefícios que ele pode causar para a população”, afirmou o fiscal da Cidasc Clóvis Adriano Paes.

Uma lavoura de 35 hectares foi interditada e, dependendo do resultado das análises, tudo que havia sido plantado no local pode ser inutilizado. O dono foi autuado e deve responder por crime ambiental, contrabando e crime contra lei de agrotóxicos. A multa pode chegar a R$ 36 mil para cada infração.

“Agricultor vê vantagem nisso porque o preço é mais em conta, sem saber que está colocando em risco a sua saúde e o meio ambiente. E no caso de uma fiscalização como essa ele tem a propriedade interditada e pode perder toda a sua produção”, afirmou o gestor da divisão de fiscalização da Cidasc Mateus Mazon Fraga.

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