Eventos pontuais de precipitações consideráveis foram registrados, mas não houve distribuição adequada.
O novo Boletim Hidrometeorológico Integrado do Estado aponta que os volumes de chuva abaixo do normal na maior parte de Santa Catarina nos últimos três meses contribuíram para a permanência do agravamento da estiagem. Eventos pontuais de precipitações consideráveis foram registrados, mas não houve distribuição adequada.
Na região do Extremo Oeste, foram registrados 25 dias sem chuvas. O documento foi divulgado nesta sexta-feira, 4, pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), por meio da Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema).
Dentre os 295 municípios de Santa Catarina, 145 estão em estado de normalidade; 71 de atenção; 21 de alerta, e 9 em situação crítica frente à estiagem. Além disso, 19 cidades não encaminharam informações da situação. Da última quinzena para cá, 8 municípios saíram da situação de criticidade e 12 voltaram para estado de normalidade. Porém, a situação caracteriza ainda preocupação e permanência da estiagem.
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Para enfrentar o problema da estiagem, o governador Carlos Moisés enviou um Projeto de Lei para Assembleia Legislativa, que irá destinar R$ 100 milhões para construção de cisternas, apoio aos municípios e conservação de fontes e nascentes em todo o estado.
Caso aprovado, o recurso se somará às ações já existentes e os agricultores catarinenses terão acesso a R $343,5 milhões para minimizar os efeitos da crise hídrica.
“Este boletim apresentou um número significativo de dias sem registro de precipitação, que chegam até 25 dias em áreas do Extremo Oeste e da divisa com o Paraná. Na maior parte do Estado, não ocorreu período de chuva com maior que 1 mm em 22 dias”, ressaltou o secretário executivo de Meio Ambiente, Leonardo Ferreira.
Chuvas abaixo do esperado comprometem abastecimento
Na maior parte de Santa Catarina os acumulados de chuva ficaram entre 100 e 150 mm, entretanto, do Oeste ao Planalto Norte os valores ficaram entre 50 e 100 mm. Já na região do Extremo Sul Catarinense, a precipitação mensal ficou acima de 150 mm, com picos acima de 200 mm. Isso se deu por conta de duas frentes frias durante o mês, nos dias 21 e 28, que tiveram maior influência nessas áreas.
Diante disso, o comprometimento do abastecimento urbano em diversos municípios se elevou novamente devido a alta intensidade da seca hidrológica sobre o Estado.
“A Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) continua auxiliando no monitoramento, com atenção especial às regiões mais críticas. A preocupação continua junto com a permanência da estiagem, e o auxílio da população através de atitudes conscientes quanto ao consumo de água tornam-se extremamente necessários”, finaliza a gerente de Fiscalização da Aresc, Luiza Burgardt.
A previsão para o trimestre junho, julho e agosto é de precipitação abaixo da média para Santa Catarina, principalmente, na metade Oeste, o que caracteriza a permanência da estiagem no estado, em especial no Extremo Oeste.
Colaboração: Flávia Grechi / Comunicação Aresc