Em alguns pontos da cidade a água atingiu a altura da cintura.
Bastou uma pancada de chuva com cerca de meia hora de duração para que a área central de Criciúma fosse revirada de pernas para o ar na tarde desta quarta-feira. A água tomou conta de diversas ruas e fez apressar o passo de quem andava pelo Centro que, ao final das contas, foi a região mais castigada da cidade com o temporal.
A esperança de que o Canal Auxiliar seja a solução de um problema crônico foi reforçada por quem, inutilmente, tinha modestos guarda chuvas como armas para combater a água que chegou na altura da cintura. Houve quem lutou contra a maré com bicicletas. E quem tentou enfrentou a torrente de água com carros encontrou barreiras nos congestionamentos e nas lagoas artificiais nascidas no caminho.
Enquanto houve quem navegasse pela Henrique Lage, onde já passa o novo – e impotente ao menos ali -, Canal Auxiliar, na Pedro Benedet restou usar o balde para tirar a água das lojas e empunhar vassouras para lutar contra o lodo, visita indesejável em estabelecimentos sedentos por clientes.
Por enquanto, as vezes de Canal Auxiliar voltaram a ser feitas pelo leito da rua Felipe Schmidt, cuja moldura indicava das sacadas, ou verdadeiras ilhas, de onde era possível visualizar corajosos que tentassem chegar a algum lugar. Para quem buscou salvar os carros, a calçada foi o abrigo, já que a rua era da água.
E os problemas não ficaram restritos aos trechos alagadas da Pedro Benedet, Rui Barbosa e Felipe Schmidt. Transitar no entorno da Estação Rodoviária foi outro problema. E fica o alerta: o verão voltará a aprontar das suas com novos pancadões. Por enquanto, resta torcer contra.
A Tribuna
Foto: Rodrigo Medeiros