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Chef Henrique Fogaça bate papo na Unesc

Evento marcou a inauguração do curso superior de Gastronomia na Universidade.

Divulgação

Na inauguração do curso de Gastronomia da Unesc, um cozinheiro de mão cheia. O chef Henrique Fogaça, jurado do Masterchef e dono de famosas redes de restaurantes no país, esteve no salão Ruy Hülse para um bate-papo, na noite desta quarta-feira, 21. Estiveram presentes, além da equipe de profissionais da Unesc, donos de restaurantes da região.

O chef elogiou a estrutura que a Unesc montou para o curso. “Pelo que eu vi, está no caminho certo., com equipamentos muito bons. Agora tem que ter o pessoal certo. Para ser chef, o aluno tem que querer muito, ter dedicação e evolução”, avaliou Fogaça.

Em um formato curto e informal, o chef falou sobre a própria trajetória na culinária. Começou a cozinhar para corrigir a alimentação, baseada em comida congelada. “Foi a melhor decisão que eu tomei na minha vida”, celebra.

“A gastronomia não tem limites, mas necessita de algumas técnicas. Chegam muitos alunos recém formados, pedindo para trabalhar comigo. Eu sempre digo: cozinha tem que ter comprometimento. É como um time de futebol: se alguém falta ou não trabalha bem, a coisa não dá certo”, aconselhou Fogaça, que também respondeu dúvidas do público e falou sobre as próprias cadeias de restaurante. “Não gosto de rotular minha comida, mas considero ela internacional, pois é baseada no tempero. Gosto de uma comida mais rústica, mais caseira”, explicou.

Gastronomia Unesc

A Unesc aproveitou a estrutura que já tinha e aprimorou para a abertura do curso de graduação em Gastronomia. “Fizemos uma análise das potencialidades regionais e identificamos as possibilidades para aprimorar o desenvolvimento social e econômico. O turismo pode ser uma fonte geradora de receitas muito importantes”, avaliou a reitora da Unesc, Luciane Ceretta, contextualizando a criação do curso na realidade regional.

O curso é uma opção para quem quiser seguir carreira na área de gastronomia, mas também para quem encara como um lazer. “Aquele indivíduo que não sabe nem fritar um ovo pode fazer e sair daqui um chef”, destacou o professor Marco Antônio da Silva, coordenador.

Além das aulas técnicas, pretende ter disciplinas que tratem da alimentação saudável e debatam os alimentos. “A questão do impacto dos agroquímicos será bastante discutida. É uma questão muito séria, de um lado o agricultor, que fica preso ao processo de produção massiva, e do outro o consumidor, que ingere produtos com resíduos que podem causar intoxicação. É uma discussão importante, a sociedade tem que debater, se posicionar e valorizar a cultura orgânica, sem agroquímicos. Mas, para uma agricultura de larga escala, às vezes se exige o uso”, ponderou Marco.

O curso está com as inscrições abertas e as aulas começarão no dia 9 de outubro.

Com informações do site 4oito 

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