Na Capital do Estado, metade das escolas estaduais também estão enfrentando a adesão dos professores à greve
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Estado, em toda Santa Catarina há 30% das unidades escolares com professores em greve nesta terça-feira (23). Em Florianópolis, o número é ainda mais impactante, com metade das escolas estaduais afetadas pela paralisação dos docentes.
Situação da greve dos professores em Santa Catarina:
Florianópolis: Na Capital, a mobilização está concentrada em frente ao IEE (Instituto Estadual de Educação), que atende estudantes do ensino fundamental e médio, aproximadamente 60% dos profissionais aderiram à paralisação.
Criciúma: cerca de 60 profissionais da educação se reuniram em frente ao Cedup Abílio Paulo, localizado na Avenida Universitária.
A unidade, que atende aproximadamente 2 mil estudantes, adotou um horário especial, mantendo todos os setores em funcionamento, porém com 50% da capacidade operacional.
Joinville: a mobilização está programada para ocorrer durante a tarde, por volta das 14h, na Praça da Bandeira, situada na região central da cidade.
De acordo com o sindicato, no Colégio Celso Ramos, apenas 30% dos professores estão em sala de aula.
Além disso, há uma redução significativa de profissionais no Colégio Antônia Alapaídes Cardoso dos Santos, localizado na região Sul da cidade.
Chapecó: São 38 escolas em greve na Regional de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A mobilização iniciou nesta terça-feira (24) em todas as regiões do Estado e deve atingir nove municípios da região Oeste.
A Secretaria de Administração de Santa Catarina afirma que não possui os números absolutos de adesão à greve, ou seja, não confirmou os números do sindicato.
Isto porque, segundo a administração estadual, nesta manhã ocorre uma assembleia entre os sindicalistas e o governo para definir os rumos da paralisação.
Sobre a nova reunião:
O governo do Estado chama o sindicato para uma audiência nesta terça (23) às 10h30 no Centro Administrativo em Florianópolis.
A reunião acontece no primeiro dia de greve dos trabalhadores da educação que cobram o atendimento de suas pautas.
A previsão é que o Secretário de Administração, Vânio Boing, receba o Sinte/SC.
O que diz a Secretaria de Estado:
No entanto, nesta segunda-feira (22), a Secretaria de Educação de Santa Cataria declarou que:
“A Secretaria de Estado da Educação (SED) recebeu um documento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (SINTE-SC). As pautas levantadas pela categoria serão analisadas e discutidas com as secretarias de Estado da Administração e da Fazenda”, afirma a nota.
Além disso, eles dizem que “Em 2023, o governador Jorginho Mello anunciou um pacote de ações para valorizar os servidores da Educação. Os professores já foram beneficiados com a ampliação do valor do vale-alimentação. Os professores aposentados também foram beneficiados com o fim da cobrança dos 14%”.
“A próxima medida é o maior concurso da história da SED, com a contratação de 10 mil servidores efetivos, cujo edital está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2024. O objetivo é decidir se a categoria seguirá em negociações ou iniciará uma greve”, garantem em nota.
O que pedem os grevistas?
- Segundo o sindicato, os pedidos são para valorizar os profissionais com maior formação do que apenas o curso superior, como mestrado e doutorado.
- Há também o pedido para um novo edital de concurso público para professores. E o terceiro ponto é a hora atividade dos professores dos anos iniciais, que pedem 1/3 da hora atividade.
- Os trabalhadores também pedem melhores condições de trabalho e mais investimento em educação.
Procurada para um novo posicionamento, a Secretaria de Administração do estado informou que só irá se posicionar após o termino da reunião do sindicato desta terça-feira (23). O espaço segue aberto.
Com informações do ND+