Nove municípios catarinenses confirmaram casos; Ministério da Saúde elevou para nível máximo de emergência, o alerta para o risco da doença
O número de casos confirmados de varíola dos macacos continua crescendo em Santa Catarina. Em 10 dias, o aumento percentual foi de 175%. No dia 1º de agosto, o Estado contabilizava oito casos confirmados da doença. Até essa quarta-feira (10), já são 22 casos confirmados, de acordo com dados atualizados pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica).
Ao todo, nove municípios contabilizam casos da varíola dos macacos. Florianópolis soma 10 casos e é a cidade com mais registros da doença. Na Capital, os infectados têm idades entre 23 e 48 anos.
Na sequência, as cidades com mais registros são Blumenau e Joinville, com três casos cada. Abelardo Luz, São João Batista, Balneário Camboriú, São José, Brusque, Leoberto Leal têm um caso por município. Somente em Abelardo Luz, a paciente é uma mulher. Santa Catarina já notificou 166 casos da varíola dos macacos. Destes, 40 foram descartados e 104 estão em investigação.
Nível máximo risco
O Ministério da Saúde elevou para o nível máximo de emergência, o alerta para o risco da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. A classificação é para todo o território nacional e significa que a doença é considerada grave.
De acordo com o ministério da saúde, a decisão veio após o aumento da capacidade de transmissão da doença, do agravamento dos casos confirmados, da vulnerabilidade da população e da indisponibilidade de medidas preventivas como vacinas e possíveis tratamentos.
Doença
A monkeypox, como é conhecida internacionalmente, é transmitida a partir das feridas, fluidos corporais e gotículas de uma pessoa doente. Isso pode ocorrer mediante contato próximo e prolongado sem proteção respiratória, contato com objetos contaminados ou contato com a pele.
A doença começa com febre, dor de cabeça, dores musculares, exaustão e inchaço dos linfonodos.
Uma erupção geralmente se desenvolve de um a três dias após o início da febre, aparecendo pela primeira vez no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo mãos e pés.
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento dos casos é por meio de suporte clínico como medicamentos para dor e cuidados de higiene na área afetada. A maioria dos casos apresenta sintomas leves e moderados. Em casos graves, com comprometimento pulmonar, a pessoa pode precisar de oxigênio.
Com informações de ND+