Geral

Casos de síndrome respiratória aguda grave devem crescer no país

Tendência de alta é efeito da retomada de atividades, diz Fiocruz.

Divulgação

O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tende a crescer na maior parte do Brasil nas próximas semanas, segundo o Boletim InfoGripe, divulgado hoje (28), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A análise indica que houve uma retomada precoce das atividades e informa que 96% dos casos de SRAG são causados pelo novo coronavírus.

A tendência de aumento na incidência da doença é mais forte no Amazonas, em Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, onde a probabilidade de uma alta no número de casos passa de 95%.

Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina também tendem a registrar mais casos de SRAG, porém a probabilidade de essa tendência se confirmar é de 75%.

Roraima é o estado que tem a mais forte tendência de queda nos casos, com mais de 95%. Também devem apresentar reduções no nível da doença o Amapá, Pará, Piauí e Ceará. A análise aponta ainda uma tendência de estabilidade para o Acre, Rondônia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, disse que a tendência de alta é um efeito da retomada precoce de atividades, o que fará com que o novo agravamento da pandemia parta de patamares ainda elevados de óbitos e hospitalizações.

Mortes

Apesar da queda nas mortes em relação à primeira quinzena de abril, quando a média de vítimas diárias chegou a passar de 3 mil, o Brasil ainda registrava na última quarta-feira (26) 1,8 mil óbitos por dia, segundo o painel de dados Monitora Covid-19, também da Fundação Oswaldo Cruz. Esse número é maior que a pior média móvel de mortes de 2020, que foi de 1.096, em 25 de julho.

Gomes advertiu que é preciso ter cautela quanto a flexibilizar as restrições em vez de suspendê-las quando a pandemia ainda se encontra em patamares elevados. Ele explica que as restrições à circulação de pessoas devem ser mantidas até que a redução de casos ocorra por tempo suficiente para que eles cheguem a patamares significativamente baixos.

Outro boletim, divulgado ontem por pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz, já havia alertado para um risco de recrudescimento da pandemia. Segundo os cientistas, na semana encerrada em 22 de maio, houve aumento da taxa que mede a quantidade de novas infecções pelo novo coronavírus, o que se soma a altos patamares de testes positivos para o diagnóstico da doença e pode se refletir em crescimento dos óbitos em até duas semanas.

“Mantida essa tendência, pode-se prever um aumento na próxima semana para valores em torno de 2,2 mil óbitos por dia (2 mil a 2,4 mil, considerando a margem de erro do modelo)”, apontou o boletim, que também listou 20 capitais com a ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) na zona de alerta crítico – mais de 80% de ocupação.

Com informações do site Agência Brasil

Notícias Relacionadas

Coronavírus em SC: Santa Catarina salta 16 posições e está entre os estados com menor incidência da doença no país

As estratégias de isolamento social e combate ao coronavírus levaram Santa Catarina a avançar para posição de destaque nacional no enfrentamento à pandemia.

Santa Catarina registra dois novos casos de coronavírus e divulga plano de contingência para enfrentar a doença

OMS relata recorde diário global de mais de 307 mil casos da covid-19

A Índia é a líder mundial com 97.570 casos em um único dia

Secretaria da Saúde desmente notícias falsas sobre casos de coronavírus no Norte de SC

Informações da doença na cidade de São Ludgero também são falsas. Nenhum caso foi confirmado em Santa Catarina.