Cerca de 100 boletins de ocorrência são registrados por mês.
No último domingo, a Polícia Militar de Criciúma atendeu a um caso em que o marido tentou matar sua mulher em frente aos três filhos. Os vizinhos chamaram a polícia e quando os oficiais chegaram ao local, o agressor havia fugido. No momento em que foi pego, ele alegou estar sob influência de drogas enquanto ameaçava a esposa com uma faca.
Os casos de agressão à mulher não são raros, e o delegado Antônio Márcio Neves Campos, responsável pela Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Adolescência de Criciúma, explica que é necessário combater e fazer o trabalho de prevenção. "Depois que a mulher apanhou, são tomadas as medidas legais necessárias. Mas, assim, a agressão já aconteceu. É necessário ser feita a conscientização para que esse tipo de violência não chegue a acontecer", alertou o delegado.
Campos comenta que, para evitar sofrer abusos, as mulheres precisam entender que se o namorado ou marido for agressivo com outras pessoas, em algum momento fará algum mal para ela também. "Eles ficam nervosos e acabam descontando em quem está dentro de casa", comenta.
De acordo com um levantamento feito pela Delegacia de Proteção à Mulher, no mês de abril foram registrados 96 boletins de ocorrência ligados à violência contra a mulher. Foram presos quatro homens, e nenhuma morte foi registrada. O delegado ressalta que a média de todos os meses do último ano é essa. "Mesmo que suba ou desça um pouco, o número de registros é sempre próximo a esse", lamenta.
Saiba mais – A Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, conhecida como "Lei Maria da Penha", cria mecanismos para diminuir a violência doméstica e familiar contra a mulher.