Investigado teve a prisão preventiva revogada na última sexta-feira (28); familiares de Thamily Venâncio Ereno realizaram um "ato pela justiça" no fim de semana
Foto: Redes sociais/ND
O motorista do carro de aplicativo em que estava a jovem Thamily Venâncio Ereno, de 23 anos, quando foi morta por um tiro de uma agente da Polícia Civil de Santa Catarina, durante uma operação, teve a prisão preventiva revogada. A estudante de odontologia não resistiu após ser atingida no bairro São Sebastião, em Criciúma, no dia 21 de março. O caso Thamily está em investigação.
As investigações apontam que o condutor do carro foi preso por tentativa de homicídio e desobediência ao não atender à ordem de parada dos policiais e ter acelerado o veículo, em marcha ré, na direção dos agentes. Um disparo em legítima defesa, segundo o órgão, foi realizado e atingiu a cabeça da jovem, que recebeu atendimento médico no local.
Posteriormente, a vítima foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu. A morte foi confirmada no dia 23 de março. O alvo da Polícia Civil durante a abordagem era o namorado da jovem, que também estava dentro do carro e tinha um mandado de prisão em aberto relacionado ao tráfico de drogas e à organização criminosa.
Caso Thamily: motorista de app deve responder em liberdade
De acordo com a defesa do motorista de aplicativo, representada pela advogada, Eduarda Viscardi, o investigado deve responder o processo em liberdade. “Tem um longo caminho pela frente”, informou ao ND Mais. “O inquérito policial ainda não se encerrou e as provas não foram periciadas”, acrescentou.
O delegado do DIC (Departamento de Investigação Criminal) de Criciúma, Yuri Miqueluzzi, em nota, afirmou que as investigações para apuração dos fatos que aconteceram no dia 21 de março estão em andamento. “As diligências policiais necessárias estão sendo realizadas e os laudos periciais estão em fase de elaboração”, disse.
Familiares realizaram “ato pela justiça”
Na tarde de sábado (29), amigos e familiares de Thamily Venâncio Ereno, morta em uma operação da Polícia Civil, em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, fizeram uma manifestação por um “ato de Justiça” em frente ao DIC, no bairro São Luís. A ação teve início às 14h e contou com cerca de 70 manifestantes.
Todas as pessoas vestiam camisetas pretas com a imagem de Thamily e com escritas pedindo justiça após a morte da jovem. Cartazes também foram erguidos com frases “não queremos vingança, queremos justiça” e “jamais será esquecida”. Ao ND Mais, o pai da estudante, David Ereno, afirmou que o protesto foi tranquilo.
“Todo mundo tem o direito de fazer a manifestação que quiser, né? Então, ninguém tentou impedir nada, muito pelo contrário. A Polícia Militar sempre foi bem atenta ali com a gente. A Polícia de Trânsito, então, organizando tudo certinho, sem problema nenhum, 100%. Tudo ok nessa parte”, informou o pai.
O namorado de Thamily, preso no dia 21 de março, segue detido.
Com informações do ND+
