Segurança

Caso Mariah: Mãe fala sobre a perda da filha e Polícia Civil investiga se criança sofria maus-tratos

Caso Mariah

Foto: Arquivo pessoal

A mãe da menina Mariah Della Giustina Gonçalves, de 10 meses, assassinada pelo seu padrasto no último dia 25, revelou não acreditar ainda no que ocorreu. Conforme entrevista publicada pelo Jornal Folha do Vale, Taynara Della Giustina chora muito e está extremamente abalada.

Ela morava com o acusado há quatro meses e afirmou que jamais esperava isso dele. “Falava que ela era a filha dele, que a amava, que cuidaria de nós duas e queria formar uma família. E dizia que havia encontrado o amor de verdade depois que me conheceu”, contou.

A mãe da pequena disse que Mariah era a sua vida e o seu bem mais precioso. “Sei que foi ele quem a matou, mas para mim a qualquer momento irei vê-la novamente. Olho as fotos e os vídeos e não consigo acreditar”.

Taynara contou que na última quarta-feira (1º) a garotinha faria 11 meses e ela foi ao cemitério. “Minha ficha ainda não caiu, daqui um mês ela completaria 1 aninho e para mim vai estar comigo”, desabafou.

A mãe contou que as duas eram muito apegadas e que Mariah sempre queria colo e atenção. “Ela era minha princesa, o amor da minha vida”. E lamenta muito por não ter dado um beijo na filha no dia do crime, antes de ela sair para trabalhar.

“Não queria que ela chorasse, sabia que se me visse saindo, iria querer colo”.

O dia do crime

Antes de sair de casa, Taynara deixou uma mamadeira pronta e a menina aos cuidados do padrasto. O crime ocorreu por volta das 10h30min, no bairro Lado da União, enquanto ela trabalhava.

Ele asfixiou a garota. Em um primeiro momento, a sua versão foi de que a garotinha havia se engasgado com iougurte. Porém, a perícia do Instituto Médico Legal – IML revelou que a causa da morte foi por asfixia.

A Polícia Civil da cidade e o delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal – DIC de Tubarão, William Cezar Sales, que estava de plantão naquele fim de semana, foram rápidos para elucidar o crime. Conforme entrevista divulgada dois dias após o homicídio, Salles conseguiu arrancar a confissão do padrasto após prendê-lo durante o velório no dia do crime.

“Num primeiro instante, ele afirmou ter sufocado a criança com um travesseiro. Estava nos testando para saber o que realmente sabíamos. Então, falei como teria sido a ação criminosa e ele arregalou os olhos”, contou o delegado.

Foi quando o rapaz de 21 anos admitiu e contou em detalhes. Segundo Sales, o padrasto disse que estava cheio de problemas, estressado, viajava muito, chegava em casa cansado, não havia dormido a noite inteira porque a bebê chorava muito. Naquele dia teve que levantar cedo pra cuidar da criança.

“Ele colocou a menina sentada na sala, ela começou a resmungar e chorar. Em um momento de fúria, ele a asfixiou com as mãos”, contou Sales.

Criança estava com a perna quebrada: Polícia Civil investiga se ela sofria maus-tratos

As investigações sobre o caso estão nas mãos da Polícia Civil de Braço do Norte. Um dado muito intrigante foi o fato de Mariah estar com a perninha quebrada e hematomas no corpo.

Durante o fim de semana do assassinato, Sales questionou tal situação, foi à casa de Taynara. A mãe disse que a menina havia caído, provavelmente, da cama, que ela não sabia de fato o que tinha acontecido.

E que Mariah também tinha sofrido uma queda do sofá, mas que a perna começou a inchar depois de uns dias. O delegado observou a altura da cama e não se convenceu.

“Fiz esse indagação para a médica do hospital. Que prontamente me respondeu por um ofício. Ela afirmou que para a perna da criança ter quebrado, teria que ser um trauma de moderada a alta intensidade, ou seja, uma forte batida, e que seria muito difícil, quase impossível de uma cama ou sofá, geralmente só por uma queda do colo, ou seja, de uma altura mínima de 1,5 metro”, revelou o delegado Sales.

Com informações do Portal Notisul

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