Em meio à pandemia do novo coronavírus, organizadores debatem alternativas para a realização do maior evento da temporada de verão.
Pode parecer precipitado falar do assunto neste momento, mas, para quem está à frente da organização do Carnaval, todos os detalhes precisam ser planejados com muita antecedência. Afinal, é o evento que mais arrasta multidões em todo o país, em plena alta temporada. Porém, por conta da pandemia do novo coronavírus, tudo isso pode estar ameaçado.
Os carnavais de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, por exemplo, podem ser adiados de fevereiro para abril ou junho de 2021. Na região não é diferente. De acordo com Renato Braz, líder e organizador do Bloko Rosa e representante da diretoria da Liga dos Blocos de Laguna, a expectativa é de que o Carnaval não seja cancelado, mas sim adiado. “Uma troca de data seria a opção, caso não tenhamos a vacina até o Carnaval, que está marcado para o dia 16 de fevereiro. São Paulo, Rio e Salvador estão conversando para passar para maio ou junho, e acredito que vai refletir em todo o Brasil, mas temos que aguardar”, conta.
Em Laguna, que abriga uma das maiores festas de Carnaval de Santa Catarina, a população já chegou a passar de 50 mil pessoas para 500 mil nos cinco dias de evento. Conforme o secretário de Turismo de Laguna, Evandro Carneiro Flora, ainda não há nada definido sobre o Carnaval na cidade. “Tivemos muitos eventos cancelados e acumulamos prejuízos de cerca de R$ 7 milhões. Nossa preocupação maior é a chegada da alta temporada, com vários shows nacionais, réveillon e Carnaval. Temos que priorizar a vida, sem sombra de dúvida. Mas não podemos deixar de pensar no desemprego, que já é de grande número e precisa de ações”, analisa.
Planejamento antecipado
Algumas reuniões entre os coordenadores de blocos já foram realizadas e todos aguardam uma definição para dar continuidade aos planejamentos. Segundo a diretoria, o mês de novembro é o prazo limite para apresentar toda a programação do Carnaval 2021. “Geralmente termina o Carnaval e já começamos a organizar o próximo. Mas o mês de novembro é o nosso limite, quando já temos que estar com as atrações definidas, arte de material pronta, iniciar negociação da produção dos abadás, finalizar patrocinadores e todos os detalhes”, informa a diretoria.
A liga é composta por 14 blocos, dos quais seis deles se destacam por concentrar um grande público (Bloko Rosa, Skentaí, Pangaré, Babalaô, Sede Crew e Psychobloco). “Os blocos têm um público médio de 6 mil pessoas com abadás, mas quando saem no circuito de rua com trio elétrico arrastam aproximadamente 100 mil pessoas”, comenta Renato Braz, do Bloko Rosa.
Com informações do site HC notícias