O Brasil é o vice-campeão mundial em número de transplantes, mas surgiu uma preocupação, já que as doações de órgãos estão caindo. O país não vai chegar à meta desejada para este ano, que era de 17 doadores por um milhão de habitantes. Mas tem um estado em que as doações aumentaram em 19% no ano passado: Santa Catarina.
Com mais de três horas de cirurgia, a equipe do Instituto do Coração de São Paulo (Incor) e da SC Transplantes realizaram ontem no Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão, a captação múltipla de órgãos de um jovem de 22 anos. Após constatação da morte encefálica e autorização dos familiares do paciente, o procedimento teve início. Foram retirados o coração, os dois rins, o fígado e as duas córneas.
Esta foi a segunda captação de coração realizada no HNSC e contou com a participação dos cirurgiões cardiotorácicos Ronaldo Honorato e Carlos Imberg. O órgão foi encaminhado para São Paulo. O restante foi para Florianópolis e Blumenau.
Todo o processo de captação é intermediado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) do HNSC e neste mês foram realizadas duas captações múltiplas de órgãos no hospital de Tubarão.
Pelo sistema público, o Brasil é líder mundial em transplantes de órgãos: foram quase 21 mil no ano passado. Porém, o número caiu no primeiro trimestre deste ano porque 43% das famílias não autorizaram a doação.
A decisão final sobre a doação é da família e, mesmo se o paciente declarar que é doador, os parentes podem recusar.
Com informações do jornal Notisul