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Candidatas ao Conselho Tutelar de Orleans são apresentadas a comunidade

A apresentação ocorreu na tarde desta quinta-feira (5), no Gabinete do Prefeito. São 15 candidatos disputando cinco vagas de conselheiros tutelares. Os candidatos deram sua opinião sobre assuntos relacionados com a área de atuação do Conselho Tutelar.

Letícia de Oliveira/Sul In Foco

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Orleans apresentou para a imprensa e população as candidatas ao Conselho Tutelar. A apresentação ocorreu no Gabinete do Prefeito, durante a tarde da última quinta-feira (6). O ato é uma exigência prevista no edital.

Ao total são 15 candidatos disputando cinco vagas de conselheiros tutelares titulares e cinco vagas como suplentes. A escolha é feita pela comunidade em votação no dia 6 de outubro, das 08h às 17h. Duas sessões de votação estarão atendendo a população. Uma na Escola Costa Carneiro e a outra na Escola Samuel Sandrini. Todos os eleitores que estão em dia com a Justiça Eleitoral podem votar.

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Diante do prefeito, Jorge Koch, e de representantes do Creas e Cras os candidatos se apresentaram e falaram de alguns temas relacionados a proteção dos direitos das crianças e adolescentes. Confira a seguir:

Importância dos direitos humanos para a proteção da criança e do adolescente

A candidata Gabriela Borghezan Nicoladelli (771) deu a sua opinião. “Os direitos humanos estão ligados ao tratamento digno à pessoa. No conselho tutelar a gente dá prioridade para que não ocorra violação dos direitos da criança e do adolescente. Então, é importante que o conselho seja visto pela sociedade como um órgão para ajudar. Eu sou conselheira tutelar a quatro meses e pude observar que as pessoas chegam lá e tem medo, são retraídas, porque acham que o conselho tutelar está ali para tirar a criança. Estamos ali para ajudar a família a se unir, ter mais paciência, amor, carinho para poder cuidar daquela criança. Acho que os direitos humanos têm grande importância na atuação do conselho tutelar, porque é a garantia da saúde e da vida da criança e do adolescente”, comenta.

O papel da escola no desenvolvimento social saudável da criança

Roberta Furlan (126) destacou a importância do exemplo do professor. “É através da escola que a criança aprende muito, não só a didática, mas também muita coisa para a vida. O professor é uma pessoa influente diariamente na vida da criança. É através do professor que a criança aprende, às vezes, o que ela não tem em casa. É algo que ajuda tanto na didática, como na vida da criança futuramente, como ela vai ser um adulto. É a partir dos exemplos que o professor dá dentro da sala de aula que ele se vai tornar um adulto”, opinou.

Michele Zomer Fenilli (575) concordou com a colega. “Vejo muita importância da escola e dos professores, porque, geralmente a criança e adolescente, acabam tendo os professores como exemplo e seguindo aquilo que os professores passam e ensinam. Então vejo a importância de bons professores deixarem bons exemplos a serem seguidos pelas crianças”, comenta.

Letícia de Oliveira/Sul In Foco

O trabalho integrado com as forças de segurança na proteção da criança e do adolescente

Sue Ellen Cristina (180) falou de sua experiência como funcionária da Polícia Civil. “O pessoal vai na delegacia querendo registrar um boletim de ocorrência em um caso que é para ser atendido pelo Conselho Tutelar. Tendo essa experiência, caso alguma pessoa procure o Conselho solicitando alguma informação ou necessidade, vamos conseguir separar se é caso de atendimento do conselho, encaminhamento ao psicólogo ou se é caso de boletim de ocorrência. Muitas vezes, quem está na Delegacia precisa do auxílio do Conselho, bem como o Conselho também precisa de apoio da polícia. É um trabalho em conjunto que, se os dois não derem as mãos, não funciona. No dia a dia sabemos a importância do conselho para acompanhar o trabalho na Delegacia. Trabalhos juntamente, não há como separar. É muito importante a união desses dois órgãos”, ressaltou.

Michele Zomer Fenilli (575) também falou o que pensa sobre o assunto. “Vejo também a importância do trabalho em conjunto deles. A polícia não deveria por medo e sim respeito e auxílio à criança e ao adolescente, porque, às vezes, a própria família tem um pouco de receio da autoridade policial. Teria que buscar o auxílio da polícia para a defesa da criança e adolescente, para ajudar a solucionar esse problema”.

Gabriela Borghezan Nicoladelli (771) comenta como a atuação de vários órgãos contribui para o trabalho dos conselheiros. “O conselho tutelar só tem que agradecer a Polícia Civil e a Militar, porque em todos os momentos que precisamos eles estiveram ao nosso lado, assim como o Creas, o Cras e demais órgãos. Como um colegiado em conselho, precisamos da união dos órgãos da rede e também da segurança pública, porque atuamos entrando na esfera da casa de outra pessoa. A polícia e os demais órgãos são muito parceiros da gente”, explica.

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Roberta Furlan (126) destacou o papel da escola no bom relacionamento das famílias com a Polícia. “Como professora do Ensino Fundamental, consigo diariamente mostrar que a polícia é amiga. Se ela está indo prender, é porque algum adulto fez algo de errado. Mostrando para a criança que a polícia é um órgão amigo. A viatura pode passar, que eles não vão ter medo, porque eles sabem que está indo buscar alguém que fez algo de errado. Mostrando isso para a criança, ela tem mais afinidade e tranquilidade em relação à segurança”, detalha.

Tuany Nogueira Campos (141) também deu sua opinião. “Eu acredito que o conselho tutelar está para proteger, não é um poder de polícia em si. A polícia vem para ajudar a proteger os direitos da criança e do adolescente, até na questão de violação. Acredito que a polícia é uma aliada e não o contrário. A polícia está para ajudar e o conselho à proteger os direitos da criança e do adolescente”, analisa.

Como o conselho tutelar pode atuar na orientação aos pais?

Gabriela Borghezan Nicoladelli (771) destacou a importância a abordagem com cada família. “Sempre temos que se colocar no lugar do outro, tentar entender o problema que ele está sofrendo e tratar da melhor maneira possível. A partir do momento que você interfere na vida de outra pessoa é preciso muita cautela. Todo mundo sofre algum problema. Primeiramente temos que entender o problema que a pessoa está sofrendo, para depois tratá-lo. É preciso muita paciência e se colocar no lugar do outro para poder orientar e fazer o melhor trabalho possível, porque a família vai te ajudar no cuidado da criança e adolescente”, comenta.

Tuany Nogueira Campos (141) falou de algumas qualidades fundamentais na profissão. “Temos que atuar com cordialidade com o terceiro, para saber e ter empatia com o que a criança está passando no momento. Não só a criança, mas o pais também sofrem muito em cada situação com a criança e adolescente. A proteção é muito relativa ao sentimento pessoal de cada família”, diz.

Michele Zomer Fenilli (575) lembrou da realidade que cada família passa. “Cada família vive uma realidade diferente uma da outra e, às vezes, aquela realidade para ela é certo, porque ela não tem conhecimento de outra realidade. Acho muito importante o conselho tutelar ensinar, orientar, mostrar o que pode, o que deve ser feito, o que é certo e o que não deve ser feito na educação dessa criança e adolescente”, opina.

Letícia de Oliveira/Sul In Foco

Combate às drogas

Ivânia Da Silva Dalazen (232) diz que a escola tem um papel importante no combate às drogas. “Na sala de aula é possível fazer um trabalho. Trabalhamos o bullying e as drogas. Então orientamos as crianças sobre o que é certo e o que é errado. Procuramos passar para eles que é complicado para a saúde. Falamos que aquilo faz mal e vai prejudicar. Procuramos dar uma orientação para que pense diferente da cultura que ele tem, da realidade que ele tem”, fala.

Paula Lima Da Luz (124) estudou sobre o tema durante a graduação e comentou algumas soluções. “O meu tema do TCC foi “A importância da família com o usuário de drogas”. Quando eu atuei em uma clínica para dependentes químicos, trabalhávamos com a convivência familiar, com o psicológico dele e a integração com a sociedade. Com a criança e adolescente ocorre da mesma forma, mas com uma linguagem que ela possa entender. A empatia é importante, para explicar para eles o que é certo e errado, além de juntar muito os laços familiares com a criança e adolescente”, analisa.

Tuany Americo Vieira (234) ressaltou a ação integrada de vários órgãos para o combate às drogas. “Temos que trabalhar em união com a escola, a família e o Proerd, para sempre estar fazendo um bom trabalho. A união faz a força. Se conseguirmos juntar tudo isso o resultado será melhor e mais rápido. Ensinando um pouco de cada, com palestras, vídeos, mostrando o que a droga faz, temos um bom resultado”, comenta.

Alguns candidatos não quiseram opinar sobre os assuntos durante a coletiva.

Letícia de Oliveira/Sul In Foco

Confira a relação de candidatos ao Conselho Tutelar de Orleans:

Angélica Cesconetto Martins (553): 28 anos, formada em Direito
Cilane Redivo (102): 35 anos, formada em Serviço Social
Fernando Berto Furlan (132): formado em Psicologia
Gabriela Borghezan Nicoladelli (771): 23 anos, atuou na Polícia Civil e é conselheira tutelar há quatro meses.
Ivânia Da Silva Dalazen (232): formada em Pedagogia.
Ivolete Laurindo Campos (105): formada em Pedagogia.
Jaquecele da Cruz Silva (567): formada em Psicologia.
Jaqueline Bussolo Carrer (166): não pode estar presente a coletiva.
Maria Helena Mattos Andrade (161): formada em Psicologia.
Michele Zomer Fenilli (575): 45 anos, formada em Administração e Direito.
Paula Lima Da Luz (124): 26 anos, formada em Serviço Social
Roberta Furlan (126): formada em Pedagogia.
Sue Ellen Cristina (180): 35 anos, formada em Direito.
Tuany Americo Vieira (234): formada em Pedagogia.
Tuany Nogueira Campos (141): 24 anos, formada em Direito.

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