Trânsito

Caminhoneiros da região apoiam restrições

Os profissionais estão engajados para evitar a rodovia quando necessário, mas alertam que isso não pode ser tratado como regra

Os caminhoneiros da Região Sul apoiam a proposta de evitar a BR-101 nos dias e horários de maior tráfego durante a alta temporada. Porém, são contrários a qualquer tipo de proibição. “Não queremos prejudicar ninguém, mas também não podemos ser prejudicados”, avalia Beto Lima, presidente do Sindicato das Empresas de Logística e Transporte de Cargas da região, que representa 2,7 mil transportadoras e mais de dez mil motoristas.

A Federação das Empresas do Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc) recomendou que os caminhoneiros não peguem a rodovia às sextas-feiras e domingos, das 10 às 22 horas. O acordo foi discutido com o secretário estadual de infraestrutura, Valdir Cobalchini, e representantes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar Rodoviária e do Departamento de Infraestrutura em Transportes (Dnit), segunda-feira.

Beto não participou do encontro, mas recebeu um telefonema ontem do presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, para ratificar o apoio a esta medida considera de extrema importância para amenizar os constantes congestionamentos na 101, especialmente nos trechos entre Tubarão e Laguna, na Grande Florianópolis, e de Itajaí a Itapema.
 
“Nós já havíamos feito esta orientação aos profissionais do estado e também dos vizinhos das federações do Paraná e Rio Grande do Sul. Outra recomendação é que desviem pela SC-116, sempre que possível”, destaca o empresário. Em casos de perecíveis, medicamentos, cargas de animais ou de produtos como oxigênio para hospitais, nem sempre há possibilidade de evitar os horários de maior movimento.

Outras medidas para desafogar o trânsito são previstas

Um pacote definitivo de medidas de segurança a serem tomadas nas estradas durante o verão deve ser anunciado ainda este mês. Diversas ações foram discutidas em audiência pública realizada no dia 5 de novembro, na sede da Amurel, em Tubarão.

Melhorar vias de acesso pelo interior, implantar linhas de transporte de passageiros em trens e barcos, restringir parte do tráfego em horários determinados e estimular o fluxo de veículos de formais rápida foram algumas das sugestões listadas pelos participantes, representantes de órgãos governamentais e entidades organizadas.

Conforme o Jornal Notisul, a velocidade em horários de pico no trecho entre Tubarão e Laguna, dependendo da extensão das filas, fica próxima de 5 km/h. O principal motivo é o gargalo formado quando acabam as pistas duplicadas para entrada na Ponte de Cabeçuda – a nova ponte tem estimativa de conclusão para o fim de 2014.

Esta semana, foram divulgadas algumas práticas que já começarão a ser implantadas aliviar o tráfego. Entre elas, o alargamento da pista no acesso principal a Laguna e a construção de uma rótula na entrada para o Distrito de Ribeirão Pequeno, na região do Bananal.