Segundo um dos organizadores na região, enquanto não forem realmente atendidas as reivindicações feitas pela categoria, que agora inclui também reivindicações da sociedade em geral, a paralisação continuará por tempo indeterminado.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) aceitou a proposta feita pelo governo para encerrar a greve dos caminhoneiros, que entra hoje no nono dia. O presidente da entidade, José da Fonseca Lopes, fez apelo para que a categoria volte ao trabalho. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, até ontem a situação na região, no entanto, permanecia inalterada, com pontos fortes em Imbituba, Tubarão e Jaguaruna. As informações são do Diário do Sul.
O presidente da Abcam espera que entre 70% e 80% dos caminhoneiros que participavam das manifestações nas rodovias do país já comecem a “levantar acampamento” nos pontos de obstrução. A expectativa da associação é de que a desmobilização seja concretizada até o final do dia de hoje.
De acordo com Madilon Preve da Silva, um dos organizadores do movimento na região, os caminhoneiros seguem irredutíveis quanto ao fim da paralisação.
Segundo ele, enquanto não forem realmente atendidas as reivindicações feitas pela categoria – que agora inclui também reivindicações da sociedade em geral, que está apoiando a greve -, a paralisação continuará por tempo indeterminado.
“O governo precisa oferecer muito mais do que está oferecendo. Enquanto isso não acontecer, vamos permanecer parados, sem previsão de encerramento da paralisação”, reforça. Madilon diz que entre as reivindicações entram também as da sociedade em geral, como a redução no preço da gasolina, do gás de cozinha, entre outros.
“A sociedade brasileira abraçou nossa causa. Nada mais justo que lutar pelas causas como um todo, porque não estamos sozinhos, e nossa causa não é solitária. Nós estamos na luta pelo povo brasileiro”, pontua o caminhoneiro Madilon Preve da Silva.
Categoria diz que não aceita acordo
De acordo com o caminhoneiro Madilon Preve da Silva, o acordo anunciado pelo governo, e que teria sido aceito pela liderança dos caminhoneiros, na realidade, não representa a categoria. “Quem assinou o acordo não nos representa. Não adiantou de nada. Queremos todas as nossas reivindicações acertadas”, conclui.